quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Ramal Aeroporto do VLT reforça potencial turístico do Metrofor e amplia sistema metroviário

 ·         Post published:19/11/2021

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A construção do Ramal Aeroporto do VLT reforçará o potencial turístico do Metrofor, ao criar possibilidade de acesso ao terminal aeroportuário por meio do transporte sobre trilhos. Diversos pontos de interesse turístico – localizados entre o litoral fortalezense e o Centro da capital – já podem ser acessados por meio do sistema metroviário, e a conexão direta com o Aeroporto ampliará a demanda turística.

Considerando os projetos de expansão da malha metroviária que estão em andamento, o incremento nos próximos anos será de 17% sobre os atuais 56,8 quilômetros de trilhos em Fortaleza e Região Metropolitana (RMF), o que resultará em 66 quilômetros de ferrovias operadas pelo Metrofor apenas na RMF. Além do Ramal Aeroporto, que terá 2,65 quilômetros de extensão e 3 estações, está em andamento a construção da Linha Leste, que terá outros 7,2 quilômetros e 5 estações, interligando o Centro ao Papicu – e abrirá novo acesso para regiões de intensas atividades econômicas. Ambos os empreendimentos estão sendo tocados pela Secretaria da Infraestrutura do Ceará.

A linha VLT Parangaba-Mucuripe passa por trás da pista de decolagem do Aeroporto de Fortaleza, o que facilita a conexão direta com o equipamento. Por isso, no último dia 11 de novembro, o Governador Camilo Santana, o Prefeito de Fortaleza, José Sarto, o Secretário da Infraestrutura, Lucio Gomes, e o Presidente do Metrofor, Igor Ponte, na presença de outras autoridades do Estado, assinaram a ordem de serviço de construção do Ramal Aeroporto, e a obra já está em andamento com a construção das estações e muros de arrimo.
Estação Iate

Aberta ao público desde 17 de setembro de 2020, a Estação Iate é um dos pontos estratégicos para o turismo no sistema metroviário. Localizada no bairro Mucuripe, a poucos metros da Avenida Beira Mar, a estação tem registrado intenso movimento de passageiros que a utilizam para chegar ao litoral. Nos fins de semana, o movimento é ainda maior. A estação fica próximo ao Mercado dos Peixes, e a população pode aproveitar toda a orla. Na região do Centro, a estação José de Alencar, da Linha Sul, permite acesso direto à praça e ao Teatro José de Alencar, e facilita o acesso ao Centro, cujo atrativo turístico é o pólo de compras e seus diversos equipamentos culturais, como teatros, galerias, praças e museus.

19/11/2021 – Metrofor

 

Memórias do trem da Serra do Mar no Paraná incluem rota com 3 vagões e queixas à modernidade

23/05/2022 Folha de São Paulo (Blog)* Notícias da Imprensa

 

Litorina Copacaba, uma das que são utilizadas na rota da serra do Mar no Paraná - Divulgação

Folha de S. Paulo (Blog) – Mais extensa rota ferroviária turística do país, a viagem entre Curitiba e Morretes, na Serra do Mar paranaense, completou no último dia 30 quatro milhões de passageiros transportados em 25 anos.

Criador do roteiro, o empresário Adonai Aires de Arruda, diretor-presidente da Serra Verde Express, diz que o período foi marcado por dificuldades como ter uma frota inicial pequena e conflitos sobre preços e relação com a concessionária que transporta cargas, mas também críticas de saudosistas da memória ferroviária com as implementações tecnológicas adotadas no decorrer do tempo.

A aposta no roteiro, que não tem registro de acidentes, é em vagões temáticos, diferentemente de outras rotas, que privilegiam locomotivas a vapor (maria-fumaça) e vagões centenários.

Assim surgiram vagões de luxo, pet friendly, com varandas panorâmicas e, mais recentemente, um que homenageia o grupo de montanhistas Guardiões do Marumbi, composto por Farofa, Paulo Sidnei, Rubens, Tarzan e Vitamina, considerados alguns dos principais montanhistas do Paraná.

“O sistema [de bilhetes] hoje é QR Code, com venda pela internet, sistematização. Sempre tem aquela crítica do cliente que quer relembrar o tempo quando o chefe do trem passava lá para furar o bilhete e agora ele está no celular. São várias coisas que você vai procurando se atualizar. O trem tem consumidor de 0 a 100 anos e de todas as faixas econômicas”, disse o empresário.

A rota chegou a transportar cerca de 200 mil passageiros por ano, antes de os impactos da pandemia da Covid-19 atingirem o setor. O trem ficou quatro meses sem operação alguma e, quando voltou, tinha uma série de restrições.

Arruda conta ao blog a trajetória de 25 anos de surgimento da rota ferroviária, segundo atrativo em número de turistas no Paraná, inferior apenas às Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu.

“Foram 25 anos de muitas passagens. Quando iniciamos era uma frota totalmente vandalizada. Lembro que assinamos o contrato em março e na primeira viagem em maio só conseguimos colocar três vagões em operação.”

Segundo ele, os primeiros 12 anos, quase metade do período em atividade, foram de investimentos, trabalhando no vermelho.

Hoje o roteiro só fica atrás em número de passageiros do Trem do Corcovado, passeio turístico mais antigo do país e que leva mais de 600 mil pessoas anualmente num percurso inferior a quatro quilômetros.

“Os últimos dois anos com pandemia, quatro meses parado, [depois] taxa de ocupação mínima, uma série de coisas provocaram um fenômeno que se efetivamente a empresa não tivesse conseguido se estruturar teria sido muito difícil manter. A inauguração do Trem Republicano entre Itu e Salto em plena pandemia também sentiu bastante as expectativas que tínhamos. Agora que começa a criar a sua relevância.”

Além da rota paranaense, a Serra Verde opera o Trem Republicano em São Paulo, entre Itu e Salto. Até aqui, foram transportados 15 mil passageiros entre as duas cidades turísticas.

Arruda afirmou ainda que uma situação que pode gerar insatisfação de usuários é com atrasos que envolvem trens de carga —a linha é compartilhada— ou mesmo o impedimento de circular por algum problema logístico.

“Aí tem de justificar para seu usuário, às vezes uma pessoa que veio de outro lugar do mundo com o objetivo próprio de fazer o passeio de trem.”

O litoral paranaense tem, ainda, outra rota ferroviária em operação, entre Morretes e Antonina, administrada pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) e que busca na restauração de seus carros de passageiros deixá-los exatamente como eram no passado. A composição é tracionada por uma locomotiva fabricada em 1884.

Curitiba a Morretes (PR)

§  Duração: quatro horas e 15 minutos

§  Horários: saídas de Curitiba às 8h30 e 9h30 (litorina); de Morretes, às 15h (consulte datas)

§  Trecho percorrido: 70 km

§  Preços: a partir de R$ 139; há opções com almoço típico em Morretes, city tour em Antonina e transfer

§  Atrações: trecho de mata atlântica e cachoeiras

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/blogs/sobre-trilhos/2022/05/memorias-do-trem-da-serra-do-mar-no-parana-incluem-rota-com-3-vagoes-e-queixas-a-modernidade.shtml

 

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Governo estuda limitar crescimento do Santos Dumont e construir metrô até a Ilha do Governador para ‘salvar’ Galeão

 09/12/2021 O Globo Notícias da Imprensa

 

Passageiros no Aeroporto Internacional Galeão-Tom Jobim Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo

O Globo – O governo trabalha em duas frentes para vencer resistências do governo do Rio à privatização do Santos Dumont. Autoridades locais temem um esvaziamento do Galeão (Tom Jobim), que pode perder ainda mais voos internacionais e isolar a cidade, com um eventual crescimento do terminal central da capital.

Uma das opções é limitar o crescimento do Santos Dumont para dar tempo de recuperação do aeroporto internacional. A outra é usar os recursos das outorgas dos terminais para a construção de um metrô ligando os dois aeroportos, projeto de R$ 5,5 bilhões.

Segundo técnicos que estão participando das discussões, serão feitos ajustes no edital de concessão do Santos Dumont que, na prática, vão permitir ao Galeão mais tempo para recuperar o volume de passageiros.

O aeroporto internacional da cidade, privatizado em 2013, nunca atingiu o número de passageiros previsto na concessão e viu voos internacionais migrarem para Guarulhos (SP).

Mais prazo para obras
Uma das demandas das autoridades do Rio é somente liberar o crescimento do Santos Dumont, inclusive para rotas internacionais, quando a cidade atingir patamares mínimos de passageiros. Assim, acreditam, haveria condições de os dois terminais terem operações sustentáveis economicamente.

Para dar um fôlego ao Galeão, serão feitos também ajustes operacionais no Santos Dumont: o prazo para que o operador do terminal execute a obra que permitirá a obtenção de certificação internacional para ampliar os voos vai subir de três para cinco anos.

Durante esse período, Santos Dumont continuará com os atuais 23 movimentos por hora (pouso e decolagem), podendo receber apenas aeronaves com capacidade para até 180 passageiros – o que resultará na manutenção de nove milhões por ano, segundo fontes do governo.

A partir da certificação, será possível realizar 30 movimentos por hora e a expectativa é que o volume de usuários por ano suba para cerca de 13 milhões de passageiros.

Edital é inaceitável, diz Paes
Questionado sobre o projeto, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, voltou a afirmar que uma concessão sem limitar a operação do Santos Dumont vai inviabilizar o Galeão.

— Ou (o edital) cria restrições ao Santos Dumont ou nós vamos inviabilizar o Galeão, porque o Galeão é de conexão — disse Paes.

Ele disse ter recebido números sobre voos, incluindo decisão da Anac desta semana sobre a renovação dos slots (permissão de pousos e decolagens) no Santos Dumont.

— Inviabiliza o Galeão. Eu acho muito boa a história do Metrô. Se puder fazer, se o governo federal voltar a financiar grandes investimentos no Brasil, é ótimo. Mas o que precisa é de uma redução de escopo do Santos Dumont — afirma o prefeito, acrescentando:

— A maneira como está colocado o edital de concessão é para destruir o Rio de Janeiro. É inaceitável.

Ele aproveitou a ocasião para fazer uma provocação ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que é quem comanda os processos de concessões em infraestrutura no país.

— Respeito muito o ministro da infraestrutura, mas eu estou preocupado. Ele vai sair governador de São Paulo agora. Espero que já não seja uma campanha destruindo o Rio de Janeiro.

Um executivo próximo às negociações e que prefere não se identificar pondera que é preciso atenção para que as decisões não sejam tomadas por motivações políticas.

Ele destaca que as dificuldades enfrentadas pelo Galeão resultam desde problemas com a modelagem do leilão de concessão do ativo, passando por entraves da economia fluminense, incluindo segurança. “A solução tem de vir por diversas vias, podendo chegar a um reequilíbrio de contrato ou mesmo devolução do ativo”, diz ele.

Renato Sucupira, presidente da BF Capital, consultoria no mercado de infraestrutura, avalia que limitar as operações no Santos Dumont reduziria a atratividade do leilão do aeroporto.

— Limitar os voos no Santos Dumont atrapalha para o setor privado. Já a opção de botar dinheiro da outorga para construir o metrô é ótima. É uma medida nova (de direcionar o dinheiro para o estado), nunca usada em outros leilões, e inteligente. O recurso seria aplicado em melhoria para o Rio — pondera ele.

O esvaziamento do Galeão, argumenta Sucupira, vem do esvaziamento econômico do Estado do Rio, entre outros fatores:

— O Santos Dumont sempre existiu e não destruiu o Galeão. Mas caiu o internacional no Galeão porque o turista passou a ter medo de passar pela Linha Vermelha, pela Linha Amarela. E as companhias aéreas migraram para São Paulo, criando hubs (centros de distribuição de voos) onde o ICMS era mais baixo. Só que isso reduz ainda mais o turismo no Rio — admite o especialista.

Sobre o traçado ideal de uma linha de metrô para conectar o Centro do Rio com a Ilha do Governador, ele diz que dependerá da solução técnica escolhida para o projeto.

— Hoje, tem muita tecnologia para dar uma solução extremamente atrativa (a essa linha de metrô). O importante é carimbar o recurso para isso, o que faz toda a diferença — afirma.

Para Fernando Villela, coordenador do Comitê de Regulação de Infraestrutura Aeroportuária da FGV Direito Rio, a restrição às operações pode ser uma saída, mas deve ser usada com cautela.

— Restrição a operações de um aeroporto precisam ser motivadas por razões técnicas para não reduzirem a atratividade nem a criatividade na exploração do ativo por empresas interessadas. E essa restrição deve, preferencialmente, ser limitada no tempo, para dar previsibilidade de quando o ativo poderá ser explorado plenamente.

Ele destaca que o uso de forma cruzada de recursos obtidos por meio de pagamento de outorgas ao governo federal é permitido pela legislação e começa a ser usado no setor de ferrovias. No Rio, continua ele, seria uma forma de criar uma alternativa de acesso seguro e eficiente ao Galeão.

Mudanças também em Congonhas
A ampliação no prazo para a execução da obra necessária para a obtenção de certificação internacional também será adotada em Congonhas, que tem previsão de ser concedido juntamente com o Santos Dumont.

O terminal paulista opera hoje com até 33 movimentos por hora e recebe 22 milhões de passageiros por ano.

A partir da conclusão da obra, o número de movimentos por hora chegará a 44 e o volume de passageiros por ano alcançará 30 milhões, segundo estimativas do governo.

Segundo a última versão do edital, o Santos Dumont será leiloado em blocos de terminais com lance mínimo de R$ 355 milhões.

O investimento total está estimado em R$ 2,3 bilhões, sendo R$ 1,3 bilhão só no Santos Dumont, em razão da necessidade realizar obras para corrigir inadequações e obtenção da certificação internacional.

Além disso, uma outra sugestão analisada pelo governo é definir que parte dos recursos a serem pagos pelos concessionários dos dois aeroportos à União a título de outorga poderão ser aplicados na construção de um metrô para ligar a área central do Rio à Ilha do Governador.

Em fevereiro, a Secretaria de Estado de Transportes anunciou ter elaborado um projeto em parceria com a RIOgaleão de um metrô leve de superfície, partindo da estação Estácio, no Centro, rumo ao aeroporto internacional. O projeto, orçado em R$ 2 bilhões, teria sete estações, incluindo rodoviária e Complexo da Maré.

— A economia do Rio foi abalada nos últimos anos, e a capacidade de resposta é mais lenta que a média. Neste momento, temos dois terços dos voos domésticos no Santos Dumont e um terço no Galeão. Deveria ser o contrário. Então, precisamos limitar os voos no Santos Dumont até reequilibrar o volume de passageiros — diz Delmo Pinho, ex-secretário estadual de Transportes e à frente do Conselho de Logística e Transporte da Associação Comercial do Rio de Janeiro. — O metrô dá acesso a Galeão, mas beneficia a população.

Ele pondera que o Santos Dumont já está ligado à malha de transporte urbano, via VLT.

Procurada, a Secretaria estadual de Transportes do Rio informa que a nova gestão está se inteirando dos projetos que envolvem a pasta. E disse, em nota, que o metrô leve de superfície “é um tema que envolve um estudo complexo e inclui diversos fatores”.

Leilão em abril de 2022
A ideia é que o BNDES esteja à frente do projeto, considerado fundamental para melhorar o acesso dos passageiros ao Galeão. O Estado tem um pré-projeto que prevê a construção de um metrô de superfície, um investimento estimado em R$ 5,5 bilhões.

Para uma fonte próxima à concessionária que administra o aeroporto, o melhor para o Galeão deveria ser combinar as duas propostas, tanto a limitação às operações no Santos Dumont numa primeira etapa quanto a construção do metrô. É que o metrô até a Ilha do Governador, vista como “ótima opção”, levaria ao menos oito anos para começar a operar. “Há soluções viárias de custo menor e realização mais rápida que poderiam ser implementadas”, conta essa fonte.

A restrição ao aeroporto central, conta essa mesma fonte, seria uma forma de manter o Santos Dumont focado em aviação executiva e ponte aérea, sem avançar em alterações em regras ambientais ou do espaço aéreo para permitir o aumento da atividade no terminal. E, ao mesmo tempo, dar fôlego ao Galeão para recompor o fluxo de passageiros, incluindo a malha internacional.

Procurada, porém, a RIOgaleão afirmou que vem “atuando há sete anos pelo desenvolvimento do setor aéreo do Rio de Janeiro e como concessionária de serviço público prefere não se manifestar a respeito do processo da sétima rodada de concessão de aeroportos”.

O aeroporto fechou 2019, portanto antes da pandemia, com movimento de 14 milhões de passageiros, sendo 4,7 milhões no internacional. Este ano, a estimativa é alcançar quatro milhões de viajantes, com apenas 10% deles em voos para o exterior.

A expectativa é que a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprove, na próxima semana, o edital de licitação da 7ª e última rodada de concessão do setor aeroportuário, que inclui Santos Dumont, Congonhas, Belém e pequenos terminais.

Os documentos serão enviados ao Tribunal de Contas da União (TCU), que dará a palavra final.

O governo quer prazo de 70 dias entre o aval da Corte e a realização do leilão – que deve ocorrer entre abril e maio de 2022.

Até lá, o governo pretende fechar com a equipe econômica um mecanismo que permita usar parte dos recursos das outorgas na obra de mobilidade do Rio.

Demissão voluntária
O bloco liderado por Congonhas tem lance mínimo de R$ 487 milhões e investimento total de R$ 5,3 bilhões. Do montante, R$ 3,5 bilhões serão exigidos na obra de certificação do terminal paulista. Belém terá lance mínimo de R$ 55 milhões e investimento total de R$ 870 milhões.

Além desses números, o edital prevê que os concessionários pagarão à Infraero R$ 1,9 bilhão para custear a demissão voluntária de servidores.

Segundo técnicos do governo, dez grandes investidores, entre os que operam no Brasil e novos demonstraram interesse em participar da disputa, inclusive o concessionário do Galeão. A expectativa é de ágios elevados, disse uma fonte a par das discussões.

Fonte: https://oglobo.globo.com/economia/negocios/governo-estuda-limitar-crescimento-do-santos-dumont-construir-metro-ate-ilha-do-governador-para-salvar-galeao-25310661

 

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

SP conclui entrega da Linha Amarela do Metrô após 17 anos de obras; veja fotos da nova estação

 17/12/2021 Estadão Edição Impressa

 

Após 17 anos de obras, Estado conclui entrega da Linha Amarela do Metrô Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Estadão – Após 17 anos de obras, o governo estadual conclui a entrega da Linha 4-Amarela, com a inauguração nesta sexta-feira, 17, da Estação Vila Sônia. O trecho acrescenta 1,5 km à linha, que vai da Luz, no centro da capital, à nova estação, na zona oeste. O projeto, que chegou a ser prometido pela gestão Geraldo Alckmin para 2014, é concluído após percalços, como o acidente no canteiro de obras que abriu uma cratera em Pinheiros, em 2007, e o rompimento do contrato com o consórcio que iniciou as obras, em 2015. O Estado planeja estender a linha até Taboão da Serra, na região metropolitana.

A linha – a primeira do Metrô a ser operada pela iniciativa privada – tem 11 paradas e 12,8 km de extensão. Para especialistas, esse traçado foi importante para conectar regiões muito verticalizadas, com crescente demanda de mobilidade, e também para implementar o modelo de parceria com empresas.

O projeto inicial foi dividido em duas fases: a primeira com as Estações Luz, República, Paulista, Faria Lima, Pinheiros e Butantã. Em janeiro de 2007, houve um deslizamento em um canteiro da Estação Pinheiros, com sete mortes e 79 famílias desalojadas. A segunda etapa, iniciada em 2012, envolve as Estações Fradique Coutinho, Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Mas, em 2015, a obra foi paralisada pelo consórcio responsável e retomada só no ano seguinte, após rescisão contratual e nova licitação.

“Quando assumimos a gestão, todos os contratos estavam praticamente paralisados. Conseguimos acelerar os contratos e concluir todas as obras que precisavam ser feitas dentro desta linha”, afirmou ao Estadão o secretário de Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, da gestão João Doria (PSDB). A fase 2 teve orçamento de R$ 2,1 bilhões para erguer cinco estações, o que inclui ampliação de Butantã a Vila Sônia e complementação do pátio de manutenção, além da compra de sistemas elétricos e auxiliares.

Testes
Inicialmente, a estação ficará aberta de 10h às 13h em dias úteis, sábados e domingos, com cobrança de tarifa. A fase de testes vai até março, com ampliação gradual do horário. Com o funcionamento integral, a expectativa é de que a estação atenda até 86 mil pessoas por dia. E o total de passageiros na linha deve subir para 896 mil diários.

Conforme a Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), foram usados 48.419 m³ de concreto e 980 m² de vidro na construção. O local terá duas plataformas laterais para embarque e desembarque, 20 escadas rolantes, 12 escadas fixas, 46 portas automáticas de plataforma, 4 elevadores e 4 banheiros. Um terminal de ônibus na parte superior também será aberto. O local receberá linhas da capital e intermunicipais. Procurada, a ViaQuatro, concessionária responsável disse que as informações sobre a nova estação são repassadas pela STM.

Ligação
O Estado ainda planeja estender a linha até Taboão da Serra, na região metropolitana

Galli defende o modelo de concessão. “Com as características urbanas que nossa região tem, é impossível pensar em transporte de qualidade, com a velocidade e tempo necessários para atender à população se não tiver a participação da gestão privada”, diz. Segundo ele, é discutida a expansão para a Grande São Paulo – hoje a rede é restrita à capital.

“Taboão (de 300 mil habitantes) está nos planos do Estado”, afirma. A ideia é que a condução da obra fique sob responsabilidade da concessionária que opera a linha.

Linha 6
Na quinta-feira, 16, começaram as escavações na Freguesia do Ó para a Linha 6-Laranja, que fará a ligação entre as Estações Brasilândia (zona norte) e São Joaquim (zona sul) em um trecho de 15 km, com 15 estações distribuídas. Vai passar por diversos bairros onde estão algumas das principais universidades da capital, como a FGV, a PUC, o Mackenzie e a Faap. A previsão de entrega da primeira linha ferroviária totalmente construída pela iniciativa privada no País é para 2025.

Desafios
Cláudio Barbieri da Cunha, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) diz que obras metroviárias são bem-vindas em razão da agilidade. “É um sistema sempre de muito sucesso, pois proporciona alternativa de deslocamento muito mais rápida”, afirma ele, que cobra um ritmo maior de entrega. “É preciso buscar alternativas para que as obras não atrasem tanto.”

O avanço urbano em bairros mais afastados do centro também é apontado pelos especialistas como um fator que cria demanda de mobilidade. “A área da Vila Sônia é uma região verticalizada, que não tem mais para onde crescer. Precisa de transporte de massa para se deslocar”, diz Luiz Vicente de Mello Filho, doutor em Engenharia.

Para tornar o transporte público mais atrativo, especialistas também defendem melhorias em áreas próximas da estação, de modo a privilegiar pedestres e ciclistas. Com a necessidade de cortar emissões de gases de efeito estufa, há necessidade de reduzir o total de veículos nas ruas e oferecer alternativas menos poluentes e mais integradas. “O entorno também precisa ter vias e calçadas bem conservadas. As pessoas com mobilidade reduzida precisam chegar até a estação”, continua Mello Filho.

Linha do tempo
12/2004 – O então governador Geraldo Alckmin (PSDB) diz que a primeira fase da Linha 4, que consiste na construção das estações Butantã, Pinheiros, Faria Lima e Paulista, República e Luz, deve ficar pronta em 2008

01/2007 – Desmoronamento no canteiro de obras da Estação Pinheiros provoca a abertura de uma cratera de 80 metros de diâmetro. Sete pessoas morrem no acidente

05/2010 – As duas primeiras estações da Linha 4-Amarela, Paulista e Faria Lima, são abertas.

10/2011 – Após sucessivos atrasos, a primeira fase da Linha 4 começa a operar completamente, com seis estações (Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz)

11/2014 – Inauguração da Estação Fradique Coutinho

07/2015 – O governo de SP rompe contrato com o consórcio responsável pela construção de estações que faltavam na Linha 4. Obras são retomadas no dia seguinte

2018 – Inauguração das Estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire e São Paulo-Morumbi

Fonte: https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,apos-17-anos-de-obras-estado-conclui-entrega-da-linha-amarela-do-metro,70003928601

 

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Projeto da Linha 16-Violeta ganha notoriedade internacional por avanços tecnológicos

 07/06/2022 Metrô CPTM Notícias da Imprensa

 

Linha 16-Violeta foi destaque internacional (Jean Carlos)

Metrô CPTM – O Metrô de São Paulo ganhou destaque internacional com o projeto da futura Linha 16-Violeta. Na última quarta-feira (1) ocorreu em Berlim, na Alemanha, o International Sustainable Railway Awards (ASRI), promovido pela União Internacional das Ferrovias (UIC).

A Linha 16-Violeta foi um dos três projetos selecionados na categoria “Melhor uso de tecnologia de baixo carbono”. Além disso, o projeto do Comitê de Gerenciamento de energia também foi reconhecido entrando na categoria ”Melhor adaptação e resiliência às Mudanças Climáticas”.

O novo tramo metroviário surge a partir da substituição do trecho leste da Linha 6-Laranja. A previsão é de que o novo ramal subterrâneo tenha aproximadamente 21,8 km de extensão e demanda prevista de 630 mil passageiros por dia.

Destaques

O projeto da Linha 16-Violeta ainda está em elaboração pelo Metrô e incorporará uma série de inovações. Uma das principais novidades tecnologicas é o uso do “TBM 4” para a construção dos túneis.

O tatuzão utilizado para a escavação de parte considerável da Linha 16 deverá ter diâmetro de aproximadamente 14 metros. Originalmente o tamanho da tuneladora seria de aproximadamente 15,8 metros, mas Metrô conseguiu realizar, em um trabalho conjunto com diversas equipes, um equacionamento da disposição de equipamentos,

Uma das vantagens na construção de uma linha com uma tuneladora dessa envergadura é a possibilidade de construir em um mesmo túnel as estruturas de via e também de plataformas, que se apresentarão como sobrepostas, ou seja, uma sobre a outra. Cabe citar que a capacidade de transporte e o gabarito dos trens poderá ser mantido.

Segundo informações obtidas pelo site, o TBM 4 seria utilizado entre as futuras estações Regente Feijó e Oscar Freire, trecho que corresponderia a aproximadamente 12 km. O terreno entre os dois pontos é favorável para adoção dessa solução.

O projeto em estudo pelo Metropolitano possui cerca de 33 km de extensão e previsão de frota com 71 trens. Essa informação indica que existe a possibilidade de extensão da linha de forma que possa atender a pontos mais distantes e ampliar as possibilidades de integração com outras linhas do sistema.

Com a construção dos túneis de grande diâmetro será possível obter uma redução de custos para a construção de pátios. Somente com o trecho de 12 km ao longo da linha será possível estacionar até 23 trens, o que representa, além de uma economia significativa de energia, a possibilidade de adotar melhores estratégias operacionais.

Além do espaço para os trens, poderão ser alocados salas técnicas e equipamentos de apoio como máquinas para a lavagem de trens. Dessa forma, a Linha 16-Violeta, que contaria com 2 ou 3 pátios para apoio, poderá ter apenas com uma única base para a realização de serviços pesados.

Sob o ponto de vista energético a Linha 16-Violeta também desponta de forma positiva. O uso dos elevadores de alta capacidade em estações de menor demanda possibilita a economia de energia. Segundo estudos, o consumo de energia desses elevadores representa 10% do gasto de uma escada rolante. Isso representa uma economia significativa de energia nas estações.

Existe também a proposta para a instalação de painéis solares ao longo das estruturas da linha. Estações, VSEs e pátios para manutenção estariam contemplados somando um valor superior a 230 mil m². 

A implantação desses painéis poderiam suprir 100% do consumo de energia de todas as estações e do pátio, além de diminuir o valor consumido pelos trens. Ao todo a instalação deste sistema de apoio representa uma economia global de 38% de todo o consumo energético da Linha 16-Violeta, com a possibilidade de amortização ao longo de aproximadamente cinco anos de uso.

O projeto da Linha 16-Violeta visa trazer, além de importantes atualizações tecnológicas, uma nova maneira de se construir metrô. O foco na economia de energia está alinhada com uma agenda sustentável que pretende não só reduzir os custos de operação da linha, mas poupar recursos naturais, promovendo ainda mais qualidade de vida.

Fonte: https://www.metrocptm.com.br/projeto-da-linha-16-violeta-ganha-notoriedade-internacional-por-avancos-tecnologicos/

 

Obras do Ramal Aeroporto do VLT Parangaba-Fortaleza são autorizadas

12/11/2021 Focus Notícias da Imprensa

 

Obra do Ramal Aeroporto. Foto: Divulgação

Focus – O Governo do Estado assinou a ordem de serviço para a construção do ramal que ligará o VLT Parangaba-Mucuripe ao Aeroporto Internacional de Fortaleza.

O ramal Aeroporto terá 2,65 km de extensão, sendo 0,9 km em elevado. As novas estações estarão localizadas em uma futura praça, a ser construída na Avenida dos Expedicionários, e a outra, em frente ao Aeroporto Pinto Martins.

Integrada à primeira estação, também será construída uma nova, a 11ª do VLT Parangaba-Mucuripe, e ficará entre as estações Montese e Vila União, já existentes. Já a Estação Aeroporto, que será elevada, se localizará na Av. Senador Carlos Jereissati, se interligando à passarela já existente sobre a via, com acesso por meio de escadas fixas, rampas e elevador. A previsão é de conclusão em 2022. O investimento previsto é de R$ 39 milhões.

Participaram da assinatura o prefeito de Fortaleza, José Sarto; o secretário da Infraestrutura, Lucio Gomes; o diretor-presidente do Metrô de Fortaleza, Igor Ponte; e demais autoridades.

Fonte: https://www.focus.jor.br/obras-do-ramal-aeroporto-do-vlt-parangaba-fortaleza-sao-autorizadas/

 

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Trens turísticos ampliam horários e oferecem descontos nas férias de julho em SP e MG

 04/07/2022 Folha de S. Paulo Notícias da Imprensa

 

Maria-Fumaça 215 pronta para voltar aos trilhos após passar por restauro na oficina da ABPF - Divulgação/ABPF

Folha de S. Paulo – Trens turísticos em operação no país ampliaram os horários e dias de funcionamento e passaram a oferecer descontos para as férias escolares de julho.

Em São Paulo, as novidades estão nos trens que funcionam entre Itu e Salto, de Campinas a Jaguariúna e em Campos do Jordão, mas também há roteiro especial em Minas Gerais para as férias deste ano.

A maria-fumaça operada pela ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) de Campinas a Jaguariúna implantou tarifa única de R$ 70 para as viagens feitas no período da tarde no mês de julho e reduziu os valores dos bilhetes em todos os horários.

O percurso completo, que custava R$ 200 (inteira), será vendido durante este mês a R$ 150, enquanto o meio percurso baixou de R$ 160 para R$ 120.

Antes de cada viagem, o turista tem uma apresentação de como é o funcionamento de uma locomotiva a vapor.

Em Campos do Jordão, após sete anos fora de operação uma maria-fumaça fabricada em 1947 voltou aos trilhos em junho com quatro horários aos sábados e domingos.

A locomotiva a vapor produzida pela empresa norte-americana H. K. Porter é utilizada pela centenária EFCJ (Estrada de Ferro Campos do Jordão) junto com um carro de passageiros ainda mais antigo, fabricado há 110 anos pela também norte-americana American Car & Foundry.

Neste mês, de acordo com a STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos), a rota na ferrovia inaugurada em 1914 também será oferecida às sextas-feiras. É possível consultar datas e vagas para a viagem.

A rota ferroviária tem quatro quilômetros de extensão entre as vilas Capivari e Abernéssia e comporta 64 passageiros em cada viagem, que dura 30 minutos, sem paradas.

O Trem Republicano, que percorre um trecho de 7,6 quilômetros entre Salto e Itu, também implantou recentemente passeios às sextas-feiras.

O roteiro, que passa por trechos com muitas áreas verdes e foi lançado em plena pandemia da Covid, alcançou no mês de maio a marca de 15 mil passageiros transportados entre as duas cidades turísticas desde a sua inauguração.

De sexta a domingo, ele parte às 9h e às 14h de Itu. De Salto, as partidas acontecem às 11h e às 16h.

Já em Minas Gerais, os passeios de maria-fumaça poderão ser feitos de quarta-feira a domingo durante as férias de julho nos 12 quilômetros entre São João del-Rei e Tiradentes.

São dois dias a mais de viagens em relação à temporada regular, que vai de sexta a domingo. Além disso, os horários também foram ampliados.

Em abril, a rotunda, equipamento usado para girar locomotivas em estações ferroviárias, foi reaberta para visitação e é um atrativo a mais para os turistas que quiserem conhecer uma das mais antigas ferrovias em operação no país.

No passado, o trecho pertenceu à Estrada de Ferro Oeste de Minas, ferrovia que teve vida curta.

Inaugurada em 1881 por dom Pedro 2º, a rota foi uma das que contaram com a presença do imperador em suas viagens inaugurais, como ocorreu também em outros locais.

Endividada e com dificuldades para operar, ela foi liquidada ainda em 1900, 19 anos após a criação, e adquirida pelo governo federal três anos depois.

Maria-fumaça Campinas-Jaguariúna
Rota: estação Anhumas à estação Jaguariúna, passando por outras três no trecho
Duração: 3h30 (completo, ida e volta) e 2h (meio percurso)
Preços: R$ 150 (inteira)*, R$ 100 (meia-entrada ou ingresso solidário**) e R$ 70 (crianças de 6 a 12 anos) no percurso completo; no meio percurso, R$ 120 (inteira), R$ 80 (meia ou ingresso solidário**) e R$ 60 (crianças de 6 a 12 anos); viagem à tarde, tarifa única de R$ 70
Atrações: demonstração da operação do trem, música e antigas fazendas

(*) nas férias de julho
(**) doando 1 kg de alimento não perecível, turista paga meia

Maria-Fumaça de Campos do Jordão
Quando: sáb. e dom.; em julho, 6ª a dom.
Horários*: 11h, 13h, 15h e 17h, a partir da estação Emílio Ribas
Duração: 30 minutos (ida e volta)
Trajeto: 4 km
Rota: entre as estações Emílio Ribas e Abernéssia, em Campos do Jordão

(*) horários aos sábados e domingos

Trem Republicano (Salto-Itu)
Rota: entre Itu e Salto
Duração: 40 minutos, num trecho de 7,6 km
Preços: a partir de R$ 87 (inteira), R$ 44 (crianças até 12 anos) e R$ 59 (idosos); moradores das duas cidades pagam meia

São João del-Rei-Tiradentes
Partidas de São João del-Rei: 10h, 13h30 e 15h30 (dias 8, 9, 15, 16, 22, 23, 29 e 30), 10h e 13h30 (dias 7, 14, 21 e 28), 10h e 12h (dias 10, 17, 24 e 31), 10h (dias 13, 20 e 27)
Partidas de Tiradentes: 11h, 14h30 e 16h30 (dias 8, 9, 15, 16, 22, 23, 29 e 30), 11h e 14h30 (dias 7, 14, 21 e 28), 11h e 13h (dias 10, 17, 24 e 31), 11h (dias 13, 20 e 27)
Trecho percorrido: 12 km
Preços: R$ 70 (ida) e R$ 80 (ida e volta); crianças de 6 a 12 anos, pessoas acima de 60 anos (com documento) e estudantes com carteirinha válida pagam meia
Atrações: maria-fumaça mais antiga do país, diversidade ecológica e arquitetura do século 19
Informações: (32) 3371-8485

Rotunda
Horários: 4ª (9h e 14h), 5ª, 6ª e sáb. (9h e 16h) e dom. (9h)
Preço: R$ 10

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/blogs/sobre-trilhos/2022/07/trens-turisticos-ampliam-horarios-e-oferecem-descontos-nas-ferias-de-julho-em-sp-e-mg.shtml