terça-feira, 21 de agosto de 2012

Monotrilho de Manaus

O VLT de Manaus terá 20 km de extensão quando pronto e seu projeto já está pronto. As obras ainda não foram iniciadas. É mais uma proposta para Copa do mundo de 2014, que pretende preparar a cidade para o evento. Vai interligar as regiões norte, centro-sul e leste de Manaus. O sistema de transporte coletivo de Manaus já experimentou outras promessas de melhoria, como o metrô de superfície prometido durante o mandato do Prefeito Alfredo Nascimento, que mais tarde foi substituído pelo "Expresso", grandes ônibus articulados (sanfonados) com faixa exclusiva, à exemplo do expresso de Curitiba. O Expresso foi concluído e não deu certo, graves falhas no projeto não permitiram seu desempenho, atualmente só restaram os ônibus articulados.

 Um sistema capaz de atender 170 mil pessoas/dia e de reduzir o tempo de deslocamento dos passageiros em até 1 hora, o Monotrilho é a opção de sistema de transporte a ser adotada pelo Governo do Estado para atender a crescente demanda de usuários de transporte coletivo da capital. O modelo, um tipo de metrô de superfície que trafegará em via exclusiva suspenso em vigas, que ligará na primeira etapa a Cidade Nova ao Centro tendo como eixo a Constantino Nery, tem ainda a vantagem de desobstruir as ruas, e de contribuir com a preservação do meio ambiente por meio de tecnologia que inibe a emissão de poluentes e de ruídos.

Estimado em R$ 995 milhões, com fontes de financiamento que incluem recursos do Estado e do Governo Federal, além de BNDES, BID e iniciativa privada, o sistema de Monotrilho agrega conforto, segurança e acessibilidade, sobretudo para pessoas com necessidades especiais, facilidade de integração com outros sistemas de transporte, curto prazo de implantação e baixos custos de manutenção. A expectativa é que a primeira etapa esteja concluída em meados de 2013.

O projeto, apresentado na audiência pública, na UEA, elaborado pela empresa de consultoria Pricewaterhouse tem design moderno mas simples com seis estações de estrutura de lajes para plataforma e mezaninos soltos sobre os pilares. A propostas prevê acomodação da estação no eixo das avenidas, usando parte do canteiro central existente. A solução prevê nas seis estações conjunto de escadas rolantes e fixas, além de elevador para pessoas com necessidades especiais.

Nos mezaninos estarão alojados as bilheterias e uma área para salas operacionais.

Ao longo do tronco central está sendo considerada a implantação de estações em pontos estratégicos para integração (Terminais Santos Dumont e Arena, onde ocorrerão os jogos da Copa 2014), além de paradas intermediárias relevantes para o acesso dos usuários.

Na segunda fase da obra, prevista para 2014, está prevista a extensão da linha até o Largo da Matriz. A longo prazo, a intenção é fechar um anel ligando todas as regiões da cidade.

OPÇÕES

A solução duradoura de mobilidade urbana levou em consideração a crescente elevação da frota de veículos – na média de 8%, a maior do País entre as grandes capitais – e de ônibus, em torno de 7,3%, e a necessidade de liberação de espaços para a circulação de carros e de pedestres.

Além do Monotrilho, foram estudadas as opções de metro subterrâneo, inviável pelos altos custos demandados pela extensão dos lençóis freáticos, e VLT (Veículo Leve sobre Trilho), sistema de ônibus em faixas exclusivas, descartado por ocupar grande espaço público e impor desapropriações em grandes áreas.

O atual sistema de ônibus apresenta elevada sobreposição de linhas e restrições físicas para a ampliação da capacidade de fluxo de passageiro das principais avenidas da cidade.

O sistema atende também a um requisito da Fifa de mobilidade urbana. A opção do monotrilho como sistema de transporte está sendo adotada em todas as cidades que sediarão os jogos da Copa 2014. No Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Salvador o modelo está em fase de expansão.http://www.manauscopa2014.am.gov.br/noticia.php?cod=76
 As obras de mobilidade urbana planejadas para atender a cidade-sede de Manaus na Copa de 2014 não serão concluídas antes de 2014. No máximo alguns trechos do monotrilho e do Bus Rapid Transit (BRT) ficarão prontos para atender turistas e a população da cidade durante o mundial, de acordo com o coordenador da Unidade Gestora dos Projetos da Copa do Estado do Amazonas (UGP Copa), Miguel Capobiango.

Em entrevista ao iG, Capobiango afirma que as obras de transporte não têm chance de serem finalizadas até 2014. “Parte da mobilidade urbana deve estar funcionando, mas nem tudo estará completo”, diz.

Para a UGP Copa, o atraso não é visto como um problema. “A mobilidade preocupa, mas não para a Copa. Mesmo sem essas obras a cidade teria capacidade de receber turistas porque entendemos que eles vão se locomover de outras maneiras, com pacotes fechados”, afirma Capobiango.

Por entender que os turistas chegarão ao estádio em ônibus turísticos, o Estado está investindo em um grande estacionamento para ônibus ao lado da Arena da Amazônia, onde acontecerão os jogos.

Já a população deve contar apenas com o sistema atual de transporte coletivo. Capobiango acredita que este sistema deve dar conta dos moradores de Manaus que queiram ir ao estádio para ver os jogos.

O orçamento do projeto prevê até R$ 200 milhões de financiamento pela Caixa para o BRT e R$ 600 milhões para o monotrilho. Os valores correspondem a 78% e 42% do custo das obras, respectivamente. O restante é de responsabilidade do governo local.

BRT – O projeto de Manaus prevê uma ligação de 23 km entre as regiões norte/leste e o centro da cidade. Deve passar pelo setor hoteleiro e formar um anel com o monotrilho. O custo total do projeto é de R$ 256 milhões.

Monotrilho – Os trens ligarão a região norte ao centro de Manaus. Serão 9 estações em 20,2 km. O percurso passa pela rodoviária, pelo setor hoteleiro e pelo estádio Arena da Amazônia, onde os jogos acontecem. O investimento é de R$ 1.433 milhões.

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