terça-feira, 7 de outubro de 2014

Novo bondinho de Santa Teresa chega ao bairro puxado por caminhão


‘Inauguração’ é marcada por protestos
O Dia 26/08/2014
Rio - Entre materiais de construção e poeira de obra, o primeiro novo bonde de Santa Teresa foi colocado no trilho na noite desta terça-feira. Puxado por um caminhão, o bondinho subiu a Rua Joaquim Murtinho e foi estacionado no Largo do Curvelo.

Em esquema de testes, o funcionamento para transporte de passageiros não tem previsão de começar. “A fase de testes não vai durar menos do que 30 dias. A prioridade é a segurança”, explicou o subsecretário da Casa Civil, Rodrigo Vieira. Há exatos três anos, em 27 de agosto de 2011, um descarrilamento que matou seis e deixou o bairro sem seu principal símbolo. Os moradores, que reclamam dos transtornos e da demora nas obras, protestaram ontem contra a ‘inauguração’. Nesta quarta-feira, três atos em homenagem às vítimas de 2011 acontecem no bairro.


Testes em Santa Teresa vão durar mais de 30 dias e ainda não há prazo para funcionamento do veículo
Foto:  André Luiz Mello

“Quando chegamos, percebemos que havia muito mais coisas a fazer, além do bonde, por isso a demora nas obras. A CEG e a Cedae também estão trabalhando. Não existe obra sem transtorno”, justificou o subsecretário.

No cronograma inicial da Secretaria Estadual da Casa Civil, responsável pela obra, o início da operação do bondinho era prevista para o primeiro trimestre de 2014. Depois, a circulação foi prometida para Copa, em junho. Moradores do bairro, insatisfeitos com o transtorno das obras e com a ausência do bondinho, estiveram ontem à noite na apresentação do novo bondinho com cartazes de protesto.

“Em meio a um canteiro de obras inacabadas, temos hoje (terça-feira) a colocação de um protótipo de bonde. No ritmo que está, a obra só vai terminar em cinco anos”, disse o morador Jacques Schwarzstein, de 64 anos, diretor de transportes da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast). Já o jornalista Flávio Abreu, de 46, criticou a segurança. “Estão fazendo tudo às pressas, com os canteiros abertos, sem a mínima observação da segurança das pessoas”.

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