quarta-feira, 28 de maio de 2014

Divulgadas imagens dos novos trens que virão para o Estado: veja fotos




Jornal NH - Novo Hamburgo/RS - NOTICIAS - 20/05/2014 - 21:56:00


São Paulo - O primeiro dos 15 novos trens, cada um com quatro vagões, que irão compor a estrutura da Trensurb no Rio Grande do Sul já se prepara para ser entregue. Segundo o diretor de Administração e Finanças da Trensurb, Leonardo Hoff, a concessionária apenas aguarda a inspeção do DNIT em São Paulo para o transporte nos caminhões. Quando liberados pelo Departamento, a entrega demorará, em média, 10 dias. Depois de despachado o primeiro, eles serão embarcados de dois em dois até que todos cheguem ao Estado.
 
Ainda de acordo com o Hoff, a previsão é de que na primeira semana de junho seja dado início aos testes com o primeiro novo trem. Já para o início da operação comercial, a previsão é seja iniciada em setembro. O diretor também ressalta as vantagens do novo equipamento. "Com os novos trens, ganhamos em capacidade operacional. Podemos, por exemplo, acoplar um trem com oito vagões a cada quatro minutos, nos horários de pico, ao invés dos atuais com quatro vagões, o que diminui as filas nos embarques e garante ganhos em escala."
 

Metrô de Salvador funcionará de graça de junho a setembro

08/05/2014 - A Tarde
O metrô de Salvador vai funcionar gratuitamente nos três primeiros meses de funcionamento (junho, julho e setembro). A partir do dia 11 de junho, o equipamento funcionará em operação assistida, período em que a concessionária CCR fará testes antes de realizar a atividade de forma comercial.

O primeiro trecho da linha 1 do metrô, será inaugurado em junho e terá funcionamento diferenciado durante os dias de jogos da Copa do Mundo na Arena Fonte Nova, explicou o presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Carlos Martins. O serviço estará disponível duas horas antes das partidas até duas horas depois, só terão acesso ao metrô os torcedores que estiverem com o ingresso para os jogos na Fonte Nova, informou.

Ônibus coletivos e outros veículos não credenciados pela FIFA também não terão acesso ao entorno da Arena, conforme estabelecido no plano de mobilidade para a Copa. A limitação de usuários de transporte público no perímetro do estádio também é adotada em outras cidades-sede. Em dias sem jogos na Fonte Nova e durante o período de operação assistida do metrô, o horário de funcionamento também será especial, das 12h às 16h, fora do horário de pico.

Para chegar ao ponto de partida do metrô no terminal Acesso Norte, os torcedores irão usar ônibus específicos credenciados pela Transalvador. No Acesso Norte, os usuários serão identificados com uma pulseira e partirão de metrô até a Estação do Campo da Pólvora, próximo à Arena Fonte Nova.


De acordo com o titular da CTB, estarão à disposição quatro trens com quatro vagões cada e o percurso de metrô do Acesso Norte ao Campo da Pólvora deve durar cerca de 10 minutos. A rota (Acesso Norte - Campo da Pólvora) está no perímetro monitorado pela Fifa.

Especialista destaca urgência para soluções na mobilidade urbana

A falta de planejamentos integrados e a urgência de soluções para a mobilidade urbana foram os destaques das discussões desta quarta-feira (9) no Centro de Estudos Estratégicos (Cedes) da Câmara dos Deputados.

Durante a reunião, o físico nuclear e especialista sênior em circulação logística e urbana do Metrô de São Paulo Laurindo Martins Junqueira Filho destacou que o metrô está entre os sete melhores do mundo, mas não consegue atender à população. “Somos exportadores de ônibus, criamos novidades urbanas, como os corredores para ônibus, mas o povo não está gostando nenhum pouco”, disse em meio à apresentação de imagens com mais de 6 km de filas de ônibus engarrafados, ou as estações do Metrô paulista superlotadas com 13 pessoas por metro quadrado.

O especialista lembrou que o governo federal disse ter R$ 35 bilhões para melhorar a mobilidade urbana. “Mas ninguém sabe como abrir este cofre”, salientou. “A presidente Dilma corre o risco de encerrar o seu mandato sem ter aberto este cofre”.

Junqueira lamentou que no Brasil não exista mais planejamentos integrados e cada setor planeje isoladamente. “Em São Paulo chegamos ao limite da mobilidade e continuamos a incentivar a mobilidade”, disse.

Ao lembrar a criação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que reserva 0,28 do preço da gasolina a ser utilizado em transporte urbano, o engenheiro criticou o desvio dos recursos. “Agora foi zerado para salvar a Petrobras, mas foram arrecadados R$ 80 bilhões e nada foi para este tipo de transporte de massa, foi para o individual, para o carro”.

O especialista também assinalou que embora São Paulo detenha 32% de investimentos em Metrô, a maior parte de recursos próprios, ou via empréstimos do BNDES, e transporte 76% de todas as pessoas que utilizam metrô no Brasil, esse meio de transporte se encontra completamente congestionado. “A cidade por onde são transportadas a maior parte das nossas importações e exportações, via Porto de Santos, tem um trânsito que se movimenta a 10 km/h”, assinalou.

Um dos problemas estruturais, na opinião do engenheiro é que as pessoas são colocadas na periferia e os empregos são oferecidos no centro. “O paulistano gasta um terço da sua vida tentando se movimentar para o serviço ou retornando a casa”.


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Alckmin inaugura estação Franco da Rocha da - CPTM –

DCI - SP | SÃO PAULO   13/05/2014
SÃO PAULO - Foi inaugurada, no sábado (10), a nova estação Franco da Rocha, da Linha 7 Rubi da CPTM. O prédio fica na Avenida Cavalheiro Angelo Sestini, 200, no centro do município. É totalmente acessível e construído para atender a demanda crescente de usuários - atualmente, são 22 mil por dia.

"A Ferrovia da cidade de Franco da Rocha ganhou uma das estações mais modernas e bonitas de São Paulo", afirmou o governador Geraldo Alckmin.


A nova estação possui plataformas cobertas, escadas rolantes, elevadores, piso tátil, comunicação em braile, banheiros públicos comuns e adaptados a pessoas com deficiência, além de uma passarela que permite atravessar a Ferrovia pela área não paga da estação. A passarela vai ficar aberta 24 horas por dia. O investimento na estação foi de R$ 85,3 milhões. 

Trem bala deixa de ser prioridade do governo Dilma

Correio Popular - Campinas/SP - NOTICIA - 07/05/2014 - 05:00:00


A presidente Dilma Rousseff deve encerrar o mandato sem tirar do papel seu projeto mais emblemático na área de infraestrutura: o trem de alta velocidade (TAV), que ligaria Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.

“O assunto não saiu de pauta, mas não está sendo priorizado nesse momento”, admitiu o ministro dos Transportes, César Borges. “Particularmente, acho que é um assunto para o próximo governo.”

Em agosto, termina o prazo de um ano pedido pelos empreendedores estrangeiros para estruturar uma proposta para o TAV. Assim, em tese, o governo poderia retomar a concessão da linha. Porém, na avaliação do ministro, o calendário eleitoral pode pesar no apetite das empresas. “Não trabalhamos com o horizonte de fazer qualquer ação no sentido de leiloar”, disse Borges.

Em meados do ano passado, o governo fez sua melhor tentativa de leiloar o TAV. Acolheu propostas dos interessados e chegou a divulgar cartas dos bancos manifestando interesse em financiar os projetos. Porém, suspendeu a concorrência ao ser informado que apenas os franceses apresentariam uma proposta. Nos bastidores, espanhóis e alemães pediram mais tempo, por isso foi dado mais um ano.

De acordo com fonte da área técnica, não houve, até agora, novos interessados no empreendimento.

Já naquela ocasião, ficou clara a tendência de deixar o projeto para um eventual segundo mandato de Dilma.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Lula: metrô é luxo desnecessário


CORREIO BRAZILIENSE 17/05/2014

Ex-presidente classifica de "babaquice" a cobrança pela expansão das linhas até os estádios que serão palco de jogos da Copa do Mundo

"Que babaquice é essa?", questionou ontem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possibilidade de expansão da rede de metrô até os estádios de futebol que receberão jogos da Copa do Mundo. "Nós nunca tivemos problemas em andar a pé", emendou. "Vai a pé, vai descalço, vai de bicicleta, vai de jumento, vai de qualquer coisa. A gente está preocupado que tem que ter metrô, tem que ir até dentro do estádio? Nós temos é que dar garantias para essa gente assistir aos jogos, comer a nossa comida. Disso que temos que ter orgulho."

Ao defender que o metrô seria um luxo desnecessário, o petista disse ainda que a Copa é um momento em que o Brasil deve "mostrar sua cara", e que "esconder pobre está fora de cogitação". As polêmicas declarações foram feitas durante o 4º Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais, em São Paulo, em que também compareceram o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o pré-candidato ao governo estadual, Alexandre Padilha, e parlamentares petistas.

Lula não parou as polêmicas na "babaquice". O ex-presidente também anunciou ter descoberto o motivo para "tanta truculência e ataques contra o governo". "Estão com medo de Dilma", resumiu. E defendeu Haddad das críticas à gestão na prefeitura paulistana. "Não conheço ninguém que no primeiro ano (de mandato) tomou a quantidade de porrada que você tomou."

O petista disse ainda que não há motivos para o partido temer comparações com o PSDB "em nenhuma área, inclusive na questão da corrupção". "Esse governo certamente tem defeitos, como o meu governo teve defeitos, mas o que nós temos que comparar somos nós com eles", disse o ex-presidente, em referência a PT e PSDB. A única forma de "não ter corrupção neste país", continuou o ex-metalúrgico, é "contratar alguém para levantar o tapete e jogar coisa para debaixo". "Criamos um partido político para ser diferente, para fazer uma política que desse orgulho nas pessoas. Não fizemos para entrar na vala da mesmice", afirmou.

Entre blogueiros, Lula se sentiu à vontade ainda para defender a regulação da mídia. "Que não venham dizer que isso é censura, que estamos tentando controlar os meios de comunicação, porque quem tem que controlar os meios de comunicação é o telespectador, é o ouvinte, é o leitor. O que todos nós exigimos é que haja neutralidade e seriedade nas informações nesse país."

Vaias
Durante visita ao Nordeste, Dilma Rousseff participou da colação de grau de alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em João Pessoa (PB) e em Teresina (PI). Em ambas cidades, ela foi recebida com vaias e protestos, principalmente, de professores e servidores das universidades. Mantendo a agenda de pré-campanha, Dilma entrega hoje 982 casas do Minha Casa, Minha Vida em Parnaíba, também no Piauí.

Uma peça  "exótica"
A propaganda publicitária produzida pelo PT continua repercutindo entre opositores. Ontem, ela foi caracterizada como "uma apresentação exótica" pelo presidenciável do PSDB, Aécio Neves, e como um "desserviço" pela pré-candidata à Vice-Presidência na chapa PSB-Rede, Marina Silva. Com uma mensagem que evoca o discurso do medo e afirma que os eleitores devem evitar a volta ao passado, o vídeo começou a ser veiculado na última terça-feira. A propaganda petista faz referência aos dois maiores opositores, chamando Eduardo Campos (PSB) de "salto no escuro para o futuro" e o tucano de "passo para o passado". 

O presidente do PSDB falou sobre o assunto em São Paulo. "O programa do PT brindou os brasileiros com uma apresentação exótica. Colocou o partido do mensalão como aquele que mais combate a corrupção, apresentou um governo que realizou inúmeras obras de mobilidade, mas grande parte delas está no meio do caminho em razão da incapacidade gerencial. É um governo que tenta embutir na sociedade o medo, disfarçando que quem tem medo hoje é o PT, de perder as eleições, perder o governo", enumerou. 

Acessibilidade para todos (Artigo)

Christiano Rocco - Presidente do Instituto Ativa Brasil
ESTADO DE MINAS  27/04/2014 

Com a Copa do mundo se aproximando, diversas adaptações têm sido feitas nas cidades-sede pensando na mobilidade de pessoas com deficiência ou demais necessidades especiais. Também pensando no acesso, desde dezembro de 2004, a Lei de Acessibilidade (Decreto 5.296/04) estabelece normas gerais e critérios básicos para melhorar a mobilidade, com normas amplas e abrangentes, incentivando as cidades a se tornarem mais acessíveis. Todavia, muito antes de essas medidas serem implementadas, algumas empresas já enxergaram a necessidade da sua própria norma: integração para todos. Com um programa que visa assegurar acessibilidade às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida por todas as vertentes dos eventos, as corporações precisam se empenhar para se tornar um modelo a ser seguido.

Hoje, ainda existem diversas barreiras à acessibilidade que impedem milhares de pessoas com mobilidade reduzida de ter autonomia e evolução social e econômica, visto que de 10% a 12% da população mundial têm alguma deficiência física e a maioria dos países não oferece esse tipo de suporte. Estimular uma nova atitude de pensar e agir da comunidade, buscando consolidar uma mudança de cultura, ressaltando o respeito e a valorização da diversidade humana devem ser os pilares das empresas sociais, que seguem procurando contribuir com a acessibilidade de todos e a integração social ampla, eficaz, reforçando o conceito de cidadania nos quatro cantos do nosso país. Disponibilizar condições como segurança, atendimento adequado, equipamentos e tecnologia para melhorar a acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida é favorecer sua autonomia. Diversas medidas são tomadas com o intuito de tornar acessível o lazer, bem-estar, informação e cidadania. Para garantir a mobilidade de todos, medidas como rampas de madeira devem facilitar o acesso dos cadeirantes, além das estruturas que comportam banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais, espaço amplo, instalações e atendimento preparado para orientá-los. Além dessas medidas, é fundamental que os eventos ofereçam todos os requisitos de acessibilidade, facilitando a Mobilidade Urbana por meio de planejamento em conjunto com os órgãos de trânsito e controle de tráfego onde são realizados.

Observando o público máximo permitido de acordo com a estrutura disponível de cada localidade, os eventos também precisam respeitar todas as disposições do artigo 27 do Decreto 5.761/06 para garantia de acessibilidade aos portadores de necessidades especiais, idosos e demais pessoas com dificuldades de locomoção. Além disso, os equipamentos precisam passar por um rígido controle de qualidade e avaliação prévia, com assinatura de laudos por parte dos engenheiros responsáveis. Para garantir ainda mais a segurança, a entrada deve ser controlada e monitorada por meio de uma equipe de vigilância particular e amparada por Policiais Militares, além do evento respeitar todas as normas e legislações de segurança. Garantindo medidas como estas, eventos e empresas estarão aptos a receber amplamente a todos, contribuindo para uma sociedade mais justa e integrada.

Passagens pressionam

» ROSANA HESSEL

CORREIO BRAZILIENSE 26/04/2014

Governo federal e prefeitos seguram reajustes do transporte público, temendo manifestações, inflação e queda da popularidade de Dilma

O Ministério da Fazenda está monitorando, com preocupação, o custo do transporte público nas principais capitais brasileiras. Qualquer aumento do preço das passagens de ônibus e Trens Urbanos pode pressionar ainda mais o já elevado custo de vida do brasileiro. No entanto, não há mais espaço no orçamento para fazer benesses como no ano passado, quando o ministro Guido Mantega desonerou a folha de pagamentos e reduziu o PIS/Cofins das empresas de transporte e, com isso, convenceu os prefeitos a suspenderem os reajustes.

Apesar de Mantega afirmar que a inflação terminará o ano abaixo do teto da meta, de 6,5%, as expectativas mais recentes dos economistas apontam para o contrário. Se a carestia passar do limite, será mais um prejuízo para a presidente Dilma Rousseff em sua campanha para a reeleição. Não à toa, a avaliação positiva de Dilma cai à medida que os preços sobem. Em março - mês em que o IPCA deu um salto de 0,92%, a maior alta mensal em 11 anos -, a aprovação do governo ficou em 36% - sete pontos percentuais abaixo dos 43% registrados em dezembro pela pesquisa CNI/Ibope.

Os prefeitos, por sua vez, hesitam em autorizar reajustes com medo de novas manifestações, como as que levaram milhares de pessoas às ruas em meados de 2103. A onda de violência, depredações e incêndios de ônibus em várias cidades também tem feito os administradores municipais, mesmo com as finanças capengas, segurarem os aumentos.

Dos 13 municípios que entram na pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, apenas três elevaram tarifas de ônibus: Rio de Janeiro (5%), Porto Alegre (5,36%) e Goiânia (3,7%), de acordo com levantamento feito pelo economista Étore Sanchez, da LCA Consultores. As demais capitais - Belém, São Paulo, Fortaleza, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Curitiba, Vitória e Campo Grande, além do Distrito Federal - devem manter os preços como estão por enquanto.

No início deste mês, diante de protestos da população, o governo da capital mineira recuou na tentativa de reajustar as passagens. "Esse aumento nem foi contabilizado nas nossas projeções", disse Sanchez, lembrando que a LCA está entre as consultorias mais otimistas porque espera que o IPCA encerre o ano em 6,3%, abaixo da mediana de 6,51% das expectativas dos economistas ouvidos pelo Banco Central no Relatório Focus.

"A maioria das cidades não aumentará as tarifas este ano. Belém deverá ter um reajuste em maio. O Distrito Federal, provavelmente, pode aplicar novos preços em novembro, mas só depois das eleições", disse o economista da LCA. "A perspectiva do mercado é que os prefeitos segurem as correções ao longo de 2014. Além de São Paulo, Salvador e Curitiba firmaram esse acordo. Por conta disso, o aumento dos preços monitorados deve ficar em 4,9% este ano", apostou.

Prioridade
O professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, José Luis Oreiro, bate na mesma tecla. "O aumento das passagens pesa diretamente no bolso da população. A alta da inflação está reduzindo a popularidade de Dilma, e ela não vai permitir que o custo do transporte suba às vésperas das eleições", avaliou.

Oreiro afirmou que, se os municípios não conseguirem fechar as contas, terão algum tipo de ajuda do governo federal. "Ele pode criar um mecanismo compensatório para os prefeitos. O importante é conter os reajustes até novembro. A prioridade será impedir tumulto antes e durante a Copa e depois nas eleições", disse.

Apagão na Copa
O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, alertou ontem para o risco de o Aeroporto do Galeão (RJ) sofrer um apagão durante a Copa. Ele revelou sua preocupação pelo microblog Twitter. "Tivemos falta de energia várias vezes, por pouco tempo, mas muito prejudiciais. A Light (distribuidora fluminense) diz que é o Galeão e o Galeão diz que é a Light", publicou. Para tratar do problema, o ministro marcou para o próximo dia 5 reunião entre o Ministério de Minas e Energia, a Light e a Infraero. Na noite do último dia 18, o Galeão ficou às escuras por 15 minutos, atrasando 11 voos.

Metrô ganha reforço para hora do rush

ESTADO DE MINAS 24/04/2014

Já está circulando em Belo Horizonte a nova composição do metrô com capacidade duplicada, após a chegada do reforço de quatro vagões. As viagens do "trem estendido" acontecem durante o horário de pico da manhã para aliviar a lotação enfrentada pelos passageiros.

O trens circulam normalmente com quatro vagões com capacidade total de 1.002 passageiros. A partir de ontem, outros quatro carros extras foram acoplados a essa composição específica, chegando a oito.

A princípio, o reforço vai ser adotado em duas viagens: uma da Estação Vilarinho até ao Eldorado e outra no sentido contrário. De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o objetivo é aumentar o número de composições duplas para oferecer mais lugares aos usuários no horário de maior movimentação do sistema.

A CBTU estuda outras formas de incrementar o atendimento ao usuário. A companhia anunciou ter adquirido 10 novos trens, que devem chegar a Belo Horizonte no segundo semestre. O investimento total foi de R$ 171,9 milhões para aumentar a capacidade do sistema em 50%.

Está em estudo também a implantação de um vagão exclusivo para mulheres no metrô de BH. O espaço destinado ao público feminino é uma tentativa de evitar o assédio, especialmente em horários de pico. A medida já foi adotada no Rio de Janeiro e recentemente em Brasília. Uma audiência pública foi realizada na Praça da Estação, no Centro da capital, em março, para discutir projeto nesse sentido apresentado na Câmara de Belo Horizonte.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Bilhete Único e Integração


ANTP
Nossas cidades se degradam a olhos vistos. Em poucos anos, as cidades brasileiras poderão estar paralisadas. (Renato Janine)
O conceito de Bilhete Único tem esse nome, mas ele, na prática, é múltiplo. (Rogério Belda)

O Bilhete Único fez aniversário neste domingo (18). Foram dez anos de mudanças profundas no transporte coletivo, com 23,1 bilhões de viagens. A primeira grande revolução que o sistema trouxe foi a de permitir que milhões de usuários pudessem usar até três coletivos ao preço de uma única tarifa. Numa cidade com a extensão como a da metrópole paulistana, onde emprego e moradia quase sempre ficam longe um do outro, a inovação propiciou uma enorme economia para quem dependia do ônibus para trabalhar e estudar.  O sistema, em contrapartida, beneficiou o empregador que pagava o vale-transporte a seus funcionários: em maio de 2004 a receita chegou a cair um terço em alguns meses por conta da implantação do bilhete único.

A segunda revolução é a que hoje assistimos: a principal característica do Bilhete Único é a de juntar, sob um guarda-chuva tarifário, o sistema de ônibus a outros sistemas de transporte, como metrô, trens e bicicletas.

A maneira de lidar com o sistema de transporte, concretizada na criação do BU, é atualmente praticada por várias cidades do país. Hoje o grande desafio está em fazer o ônibus andar mais rápido, sem interferências externas, o que implica, de um lado, em redução dos tempos de percurso, e de outro nos custos de operação do sistema. Somado a este, há outro desafio tão ou mais importante: conquistar um padrão de qualidade para o sistema de ônibus.

Por trás do cenário do transporte, no entanto, permanece o maior desafio: como financiar o sistema? É justo que o custo do transporte seja pago somente por quem usa?


Instada por secretários municipais de todo o país, a ANTP está coordenando discussões sobre a questão do financiamento e da tarifa do transporte público. Um primeiro produto está na Carta Aberta aos Pré-Candidatos a Presidente de República e a Governadores, distribuída aos participantes da 19ª Reunião da FNP - Frente Nacional de Prefeitos, que ocorre em São Paulo a partir desta segunda-feira (19).

Trensurb dá início à operação comercial em novas estações

08/05/2014 - Trensurb
Desde as 5h da manhã de hoje (8), as três novas estações que são parte da expansão da Linha 1 da Trensurb – Industrial, Fenac e Novo Hamburgo – operam comercialmente. O acesso ao sistema é feito mediante pagamento da passagem unitária de R$ 1,70. 

Prestigiando o momento histórico – que sinaliza o término do projeto inicial previsto para o metrô gaúcho desde a década de 1970 pelo antigo Grupo de Estudos para a Integração da Política de Transportes do governo federal – a diretoria da Trensurb e o prefeito de Novo Hamburgo, Luis Lauermann, visitaram as novas estações para ratificar o inicio da operação comercial e observar a estrutura e a tecnologia que compõem os pontos recém-inaugurados. 

“Essa conquista é para a mobilidade urbana, não apenas para a integração da cidade, mas, também, para a do Vale dos Sinos com a Região Metropolitana. A extensão do trem, com esse significativo investimento do governo federal, representa uma melhora na mobilidade, integração regional, ganho de tempo, economia e conforto para os trabalhadores e comunidade”, disse o prefeito Lauermann.

Fazendo referência à antiga linha da Rede Ferroviária Federal, o diretor-presidente Humberto Kasper afirma que a Trensurb “reconstituiu em definitivo uma linha de trens de passageiros para essa região, fundamental tanto no desenvolvimento histórico dessas cidades, como na retomada e continuidade do progresso social e econômico da região”.

O início da operação comercial nas novas estações foi determinado após a realização de ajustes pontuais no trecho, referentes principalmente a sistemas de sinalização e energia. 

“Esse é um novo momento em que entra a Trensurb. O sistema em si está completo para garantir toda a segurança e conforto para o usuário, mas vale lembrar que ainda estamos em um processo sistemático de monitoramento do comportamento desses sistemas e nossa equipe, em parceria com o Consórcio Nova Via, está preparada para realizar qualquer adequação necessária e ajustes para garantir a manutenção da seguridade e qualidade da operação comercial”, explicou o diretor de Operações, Carlos Augusto Belolli.

As estações Industrial, Fenac e Novo Hamburgo abriram ao público em 2 dezembro de 2013, funcionando, desde então, em regime pré-operacional, sem cobrança de passagem. Desde 30 de janeiro deste ano, a pré-operação acontecia no horário integral de circulação dos trens, das 5h às 23h20. Só em abril de 2014, 412.739 passageiros acessaram a Linha 1 através das três novas estações.

Para o diretor de Administração e Finanças, Leonardo Hoff, “é um momento importante para a comunidade do Vale do Sinos. Não é só Novo Hamburgo que está embarcando aqui, mas toda a região dos vales do Sinos e Paranhana. Temos só recebido elogios da população".


Pela Trensurb, também participaram da vistoria desta manhã, o superintendente de Desenvolvimento e Expansão, Ernani Fagundes, os engenheiros Lino Fantuzzi - Coordenador Geral da Obra - e Erno Zimpel. Também estiveram presentes, o vice-prefeito de Novo Hamburgo, Roque Serpa, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia, Trabalho e Turismo, Carlos Finck e o vereador Gilberto Koch.

Projeto do MetrôRio é publicado no Diário Oficial


03/04/2014 - G1 Rio
O projeto de uma nova linha do Metrô Rio foi publicado no Diário Oficial, como mostrou o RJTV desta quinta-feira (3). O custo do programa é avaliado em R$ 35 milhões e ainda pode sofrer alterações. De acordo com o documento, seriam construídas estações da Gávea, Praça Santos Dumont, Jardim Botânico, Humaitá, Largo dos Leões, Dona Marta, Santa Teresa e Centro.


Traçada esta linha, especialistas vão estudar a viabilidade de construir nos locais indicados. Outro projeto que ganha força é o Metrô saindo da Barra da Tijuca, chegando à Alvorada — onde há a saída de BRTs Transcarioca e Transoeste.

CPTM recebe dois novos trens para linha da Copa

11/04/2014
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) recebeu na manhã de ontem (10/04) dois novos trens para o Expresso Leste da Linha 11-Coral. A linha em questão faz o trajeto entre as estações da Luz, no centro de São Paulo, e Guaianazes, na zona leste, passando pela Estação Corinthians-Itaquera, localizada ao lado do estádio de abertura da Copa do Mundo, a Arena Corinthians.

Os novos trens são da série 9000, da Alstom, e fazem parte de um lote de nove trens adquiridos para reforçar a frota do Expresso Leste. Os demais entrarão em operação nos próximos meses. Com essa entrega, a frota da CPTM contabiliza 98 novos trens desde 2006.

19 minutos
De acordo com a CPTM, a empresa disponibilizará trens para atender o público dos jogos da Copa do Mundo, no estádio Arena Corinthians, que farão o trajeto em 19 minutos - sem paradas - entre as estações da Luz e Corinthians-Itaquera.

Barra Funda
Foram concluídas as obras de modernização na Estação Palmeiras-Barra Funda. Os usuários contam agora com duas escadas rolantes que atendem as plataformas 1 e 2, que dão acesso à Linha 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi), e um elevador com acesso às plataformas  5 e 6, da Linha 7-Rubi (Luz-Francisco Morato).


No ano passado, a estação passou por intervenções que ampliaram a área de mezanino, melhorando a circulação dos usuários, foram instalados novos bloqueios e a Central de Atendimento ao Usuário foi reformada.

Em BH, BRT começa a operar em março na Cristiano Machado sem alterar linhas atuais


quarta-feira, 5 de março de 2014

O BRT/Move, novo sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte, começa a operar no próximo sábado com três das 10 linhas troncais previstas para o corredor Cristiano Machado e sem mudanças no atual sistema de linhas que passam pela avenida. O início com menos linhas é decorrente do atraso na conclusão das obras da Estação São Gabriel, que deve ficar pronta em abril. Pode ser percebido ainda pelo tamanho da frota que começa a rodar. Na primeira das três fases que marcarão a operação do BRT/Cristiano Machado, somente 17 ônibus articulados (com ar-condicionado e capacidade para 144 passageiros) vão estrear no corredor exclusivo. Eles serão distribuídos em direção ao Centro e à área hospitalar. A frota inicial representa 10,4% dos 163 coletivos do BRT/Move definidos para operar na via.


 “Esta é uma fase mais modesta, que marca a entrada dos passageiros no sistema, que vai ocorrer passo a passo”, adianta o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar. Ele apresentou ontem os detalhes do início da operação em três etapas até abril na Cristiano Machado e em maio na Antônio Carlos/Pedro I, a tempo dos seis jogos da Copa do Mundo no Mineirão. 

No dia da inauguração, usuários que passam pela Cristiano Machado terão duas opções de linhas no corredor exclusivo para chegar ao Centro (uma direta e outra paradora). A terceira fará o acesso à região hospitalar, no Bairro Santa Efigênia, passando pela Avenida dos Andradas. 

A 83P (Estação São Gabriel/Centro) terá embarque e desembarque nas oito estações de transferência (ETs) ao longo da Cristiano Machado. No Centro, haverá parada nas estações São Paulo, na Avenida Santos Dumont; e Tamoios, na Avenida Paraná, onde retorna. O mesmo percurso será feito pela 83D, mas, por ser direta, não fará paradas ao longo da Cristiano Machado. O desembarque e embarque de passageiros da 83D ocorrerá somente no Centro, nos terminais São Paulo e Tamoios. A expectativa da empresa é de que o tempo médio de viagens, que hoje chega a 35 minutos, sem engarrafamentos, entre o Centro e a Estação São Gabriel, passe a ser feito em 20 minutos na linha paradora e em 15 minutos na direta. 

A terceira linha tronco da primeira fase do BRT/Move fará o mesmo percurso que a 83D e a 83P, até atravessar o túnel da Lagoinha, no Centro. De lá, os ônibus articulados seguirão pela Andradas até a área hospitalar. Nesse percurso, usarão portas de embarque e desembarque dos dois lados, para se adaptarem às estações e aos pontos de ônibus normais. 

Ramon Cezar informou que os intervalos entre as viagens serão de 15 minutos, na hora de pico, e chegarão a 20 minutos no horário normal. Com horários de saída intercalados, as linhas 83P e 83D terão embarque de 7 em 7 minutos.

FASES Na primeira etapa, 17 linhas alimentadoras (ônibus amarelos) mudarão de posição no terminal São Gabriel, sendo transferidas para as novas plataformas do BRT/Move. Na segunda fase, a partir de 22 de março, outras 17 linhas ‘ serão transformadas em linhas alimentadoras, radiais (ligação terminais bairros, sem passar pelo Centro) e troncais. Com isso, as atuais linhas deixarão de usar a pista mista com os carros.

A terceira etapa, em abril, marcará o restante da implantação do total de 10 linhas troncais e 35 alimentadoras do terminal São Gabriel. “Outras linhas troncais também serão criadas saindo da Estação São Gabriel, sem passar pela Cristiano Machado”, informou o diretor de Transporte Público da BHTrans, Daniel Marx Couto. 

A lista inclui, por exemplo, a linha 8350 (São Gabriel/ Barreiro), que estenderá o BRT/Move pelos pontos do Anel Rodoviário. Marx garantiu que o novo sistema não implicará reajuste da tarifa, cujo teto é de R$ 2,65. O pagamento poderá ser feito com o cartão eletrônico. Quem não tem o cartão poderá comprar bilhetes individuais nas estações de transferência ou em um dos quatro quiosques construídos nas avenidas Paraná (2) e Santos Dumont (2). Haverá ainda possibilidade de recarregar os cartões dentro dos ônibus. Mais informações podem ser conferidas no site www.brtmove.pbh.gov.br ou pelo telefone 156, da prefeitura. 

Ônibus azuis

Marca do transporte coletivo de BH desde a padronização das cores e ramais em 1982, com a implantação do sistema Probus, as linhas diametrais que interligam bairros de várias regiões também farão parte do BRT/Move. Para evitar que os ônibus de cor azul tenham que se desviar do itinerário até os novos terminais, aumentando o tempo de viagem, a BHTrans integrou os coletivos diametrais que usam as avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado aos corredores. A frota será a mesma do BRT/Move, com ônibus padrons para até 100 passageiros, equipados com ar-condicionado, nas cores cinza, verde e prata.

Parte do planejamento do BRT/Move revelado pelo EM em agosto do ano passado, as alterações foram confirmadas ontem pelo diretor de Transporte Público, Daniel Marx Couto. Pelo menos cinco das 13 linhas diametrais a serem integradas ao BRT/Move, contudo, têm previsão de sofrer mudanças no itinerário e número de identificação, dividindo-se em três.

A lista inclui as diametrais 2004, 5101, 5031, 5102 e 9502. “Essas linhas que têm grande parte do trajeto na Cristiano Machado ou Antônio Carlos, e cujo ponto de entrada no corredor está mais próximo ao Centro do que os terminais do BRT/Move, serão integradas para não fazer percurso negativo (para trás)”, explica Marx. 


Segundo ele, após usar os corredores do BRT/Move até o Centro, os ônibus diametrais circularão até o ponto final nas mesmas vias atuais – o que na prática exige os ônibus padrons, menores que os articulados. “Todas as linhas classificadas como diametrais do novo sistema usarão ônibus padron, com ar-condicionado.” As primeiras alterações estão previstas para a segunda fase de implantação do corredor Cristiano Machado, em 22 de março.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

'Falha geológica é uma mentira', diz engenheiro sobre cratera em Ipanema

Especialista faz parte de um conselho criado por moradores do bairro
No último domingo (11), uma cratera se abriu na Rua Barão da Torre, em Ipanema, devido a obras do consórcio Metro Linha 4. O coordenador municipal da Defesa Civil, Márcio Motta, garantiu que não há riscos para as edificações localizadas nas redondezas e declarou que, a princípio, as causas apontam para uma falha geológica. Para o engenheiro civil e de segurança do trabalho, Fernando Azevedo, isso é uma mentira. Fernando integra um grupo de moradores de Ipanema que formam o Projeto Segurança de Ipanema (PSI). Desde o começo das obras, o grupo vem tentando diálogo com a prefeitura, mas diz que suas ideias não são ouvidas. Eles montaram um comitê com especialistas, como geólogos, advogados e engenheiros para dar melhores alternativas para a construção da Linha 4 no bairro, mas suas sugestões não foram atendidas pelo consórcio. 

Segundo Fernando, o argumento de falha geológica não condiz com a estrutura do local, que é um solo de areia, e não de rocha. “O argumento da Defesa Civil não existe, não existe falha geológica em material sedimentado. Isso é um alerta que eu estou tentando passar. Não existe falha geológica na areia! São vazios criados pela água que causam esses problemas”, explica ele. Ele ainda completa: “Imagina aquele acidente ao meio dia, com pessoas passando com criança... Um buraco com quase três metros de altura. A  sorte é que aconteceu às duas da manhã".

O engenheiro Antônio Eulálio, associado do Conselho Regional de Arquitetura, que visitou o local informalmente, também dá esse atestado sobre o terreno. “O terreno é arenoso. Ali era uma praia, uma restinga. Os prédios tiveram as fundações feitas sobre a areia”, completa. Ainda segundo Antônio, os moradores estão assustados com as rachaduras e com o buraco, mas não há perigo eminente. Segundo ele, moradores disseram que viram água vazando da obra por três dias antes do acidente, o que corrobora a ideia de Fernando que o acidente aconteceu devido a um afundamento por causa de vazamento. “É possível que tenha sido um vazamento provocado pela trepidação que atingiu tubos de esgoto, águas pluviais. Todo mundo que sabe que a tubulação da Cedae é velha, e você causa uma trepidação que pode gerar rupturas”. Segundo os especialistas, a água carregaria a areia assentada, causando um afundamento e, aí, a cratera.

Para Fernando, é comum fazer desvios com a água, drenagem, mas que o controle tem que ser maior. “A gente tem brigado com o Estado pela forma como isso está sendo tocado. Mal começou o tatuzão a ser usado, teve problemas. A nossa briga é em relação aos cuidados que o Estado e a concessionária deveria ter nessa obra”, completa.

Segundo Ignez Barreto, coordenadora do PSI, a visão entre moradores e prefeitura em relação a obra vem sendo diferente e oposta. “O nosso grupo se movimentou muito em relação a Praça Nossa Senhora da paz, a e sua preservação. Já que tinha que ter uma  estação, que se fizesse a estação embaixo da Garcia D’avila e subterrânea. Eles informaram que não era possível porque eles não queriam fechar a rua Visconde de Pirajá, mas olha agora: o bairro tá todo fechado”, critica. Um trecho da Rua Visconde de Pirajá está fechado desde o ano passado. “Além disso, o que vemos na praça é um crime ambiental, patrimonial. O governo do estado não conseguiu que o Conselho ‘destombasse’ a praça,  mas conseguiu que aprovassem a obra, e agora a praça, patrimônio, está toda arrebentada”, completa. O engenheiro Fernando corrobora: “Existem metodologias de execução totalmente subterrâneas. A Praça Nossa Senhora da Paz e a General Osório são tombadas!  Eles dizem: ‘vou fazer tudo de volta’, mas você não volta com uma árvore de cem anos”, reclama.

O Crea informou que sua função é fiscalizar o exercício profissional e que somente em alguns casos faz relatórios, como deve ocorrer nessa situação. Quando pronto, eles prometeram divulgá-lo. O Consórcio Linha 4 informou que as obras seguem normalmente. Apenas as escavações do túnel sob a Rua Barão da Torre, em Ipanema, estão interrompidas temporariamente, até que que se saiba o que causou o assentamento do solo naquele local. As causas do incidente estão sendo analisadas”. A Defesa Civil informou que fez uma verificação e que não há risco estrutural para os prédios, mas descobrir o que causou a cratera é responsabilidade do consórcio.

Para Fernando, engenheiro do PSI, a garantia de segurança da Defesa Civil não é correta. Ele diz que Ipanema tem muitos prédios antigos e mais suscetíveis, com fundações frágeis e essas informações são difíceis de obter “Esse tipo de informações que deveriam ter sido coletadas e analisadas para a empresa serem feitas. Mas é difícil encontrar parte dessas plantas, inclusive. Você não encontra o projeto de muitos prédios nem na prefeitura”, explica. “Para mim, o prazo político está passando por cima dos prazos técnicos”. Para Antônio Eulálio, associado do CREA, porém, não há risco se for mantida uma observação nas obras.

 Os moradores da área
“Os moradores estão evidentemente apavorados. Hoje vai ter uma reunião com os engenheiros do consórcio mais a defesa civil”, diz Ignez. Os moradores estão se organizando também para falar sobre indenizações e consertos.

Existe a intenção de fazer uma reunião com os síndicos ainda esta semana, para ter um apanhado geral sobre o assunto, informa Fernando. “Temos que unir forças, porque ninguém gosta de ter sua casa rachada, mesmo alguém consertando”.  Para ele, o Metrô Linha 4 não vai causar dificuldades no conserto, mas isso não é o suficiente: “Eles vão estar consertando a consequência e não estão mexendo na causa”.

Metrô: consórcio ainda não sabe causa de crateras













O GLOBO - RJ | RIO   14/05/2014

Equipe que investiga o que levou calçada a ceder em rua de Ipanema inclui até engenheiros estrangeiros

Fernanda Pontes

As causas do acidente que provocou a abertura de duas crateras na Rua Barão da Torre, em Ipanema, na madrugada de domingo, ainda não foram esclarecidas pelo Consórcio Linha 4 Sul do metrô. A passagem do tatuzão pelo local é uma das hipóteses que está sendo investigada pela equipe de engenheiros. Técnicos foram categóricos ao dizer que não há risco para a estrutura dos prédios. A previsão é que em uma semana os motivos do problema sejam conhecidos, e a perfuração, retomada.

Apesar da paralisação das escavações, o governo do estado garante que as obras para a implantação da Linha 4 continuam e que o cronograma será mantido para a inauguração antes das Olimpíadas de 2016.

- Não há risco para as edificações, nem para a saúde das pessoas - disse o chefe da Casa Civil, Leonardo Espíndola. - O governo do estado reafirma o compromisso de entrega das obras da Linha 4 do metrô. O projeto não sofrerá atrasos, e a previsão continua sendo o primeiro semestre de 2016. É um compromisso olímpico.

A equipe envolvida na investigação das causas do acidente inclui a presença de engenheiros estrangeiros e evita descartar qualquer possibilidade. O que se sabe até agora é que o tatuzão, que tem 123 metros de comprimento, já havia escavado um trecho de 400 metros sob a Barão da Torre, segundo o engenheiro Aloísio Coutinho, do consórcio. Os buracos tinham cerca de 16 metros quadrados cada um.

O aparelho se encontra num momento de transição da rocha para a areia e está a 18 metros de profundidade. Apesar disso, Aloísio assegura que o equipamento, importado da Alemanha, utiliza a técnica mais segura para a obra do metrô em áreas populosas. Ele descartou a possibilidade de mudança da forma de escavação:

- Essa obra foi muito estudada. Utilizamos a metodologia mais adequada. No Rio, há rocha e areia, e temos a convicção de que esse equipamento é a melhor solução técnica.


Obras do metrô são suspensas no Rio
11/05/2014 - O Estado de S. Paulo

A Defesa Civil do Rio de Janeiro determinou neste domingo a suspensão das obras de construção da Linha 4 do Metrô após o surgimento de duas crateras na rua Barão da Torre, em Ipanema, zona sul da cidade. As crateras apareceram na madrugada de domingo e provocaram pânico entre os moradores de prédios próximos do local. A interrupção das escavações do metrô foi determinada após reunião entre técnicos da prefeitura e do consórcio responsável pelas obras.

"Determinamos ao consórcio responsável a interrupção das escavações, até que sejam apresentadas as causas e garantias para o prosseguimento das obras", informou a Defesa Civil em sua página no Twitter. O comunicado foi publicado após questionamentos de uma moradora sobre a ocorrência. Por volta das 3h da madrugada deste domingo os moradores escutaram um barulho e relataram um forte cheiro de gás no trecho entre as ruas Farme de Amoedo e Teixeira de Melo. As crateras provocaram rachadura nos prédios e guaritas de segurança, causando apreensão entre os moradores.

À tarde, após vistoria no local, o consórcio responsável pelas obras informou que não havia riscos de desabamento dos prédios. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros também avaliaram que não há dano estrutural nos edifícios em função das obras. As causas do afundamento do solo ainda não foram esclarecidas. Alguns moradores chegaram a abandonar os prédios e foram encaminhados a hotéis pelo consórcio, sob a justificativa de que os moradores estavam se sentindo inseguros. Após as vistorias, a Defesa Civil recomendou que os moradores retornassem às suas casas. O fornecimento de gás no local foi interrompido. À tarde, as crateras já haviam sido preenchidas com concreto.


Ainda sem diagnóstico

O GLOBO - RJ | RIO    12/05/2014

Especialistas dizem que estudos aprofundados devem ser feitos para avaliar se prédios do entorno podem ser afetados

Especialistas alertam para a possibilidade de haver novos afundamentos em Ipanema. E ressaltam que estudos mais aprofundados devem ser realizados nas obras da Linha 4 Sul para avaliar os riscos a prédios. Para o engenheiro civil Roberto Lozinsky, o afundamento da via pode ser consequência de mudanças no solo, provocadas ou não pelas obras do metrô:

- Se há um fluxo de água subterrâneo intenso, num dado momento, as paredes cedem. Como o solo é arenoso e a construção da Linha 4 é uma obra de grande porte, a abertura de uma cratera é uma possiblidade. Mas as rachaduras podem ser consequência de movimentação no solo - disse Lozinsky.

Segundo Antonio Eulalio, conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ), a princípio, rachaduras não significam risco de desabamento. Ele ressalta, no entanto, que as fissuras dos edifícios devem ser monitoradas, para verificar se elas vão evoluir.

Moacyr Duarte, especializado em análise de acidentes e pesquisador da Coppe/UFRJ, também diz que o rompimento do solo em Ipanema pode ter sido causado tanto pelo impacto das obras, como, por exemplo, por um cano estourado:

- Por algum motivo, o suporte do solo saiu e ficou oco. Isso pode ter relação com as obras do metrô ou não. O importante, agora, é descobrir o que aconteceu e analisar, o mais rapidamente possível, as calçadas ao redor da obra, para ver se estão ocas também.

Já para o arquiteto Canagé Vilhena, o afundamento da calçada revela que há falhas na fiscalização, por parte tanto de quem realiza as obras e daqueles que as monitoram:

- Esse acidente poderia ter sido evitado com mais fiscalização.