sexta-feira, 31 de julho de 2015

Erro em projeto de viaduto pode impedir trafego de VLT em Cuiabá

Autor: Renato Lobo // julho 24, 2015


Imagem: Lucas Ninno/Gcom-MT
Após sucessivas paralisações e indefinições sobre o Veículo Leve Sobre Trilhos de Cuiabá, um novo episódio vem a tona: um erro no projeto de um viaduto localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa pode impedir a passagem do veículo.
Quem diz isso é secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, em entrevista à Rádio CBN Cuiabá. “É muito otimista colocar trilhos de um VLT que nunca andou [em um novo viaduto]. Há quem diga que aquele ângulo não permita a subida do VLT, mas estamos fazendo análise sobre o caso”, disse Paulo Taques.
O meio de transporte ainda segue sem definições, porém esta sendo estudada a possibilidade de concessão, com validade de 30 anos.

“Uma das alternativas, que não é definitiva, é uma empresa assumir, terminar o VLT e usá-lo por 20 ou 30 anos e usufruir da sua passagem. Seria uma parceria público/privada”, afirmou

Governo de SP rescinde contrato de consórcio responsável por obras do metrô

Por O Globo | Agência O Globo – 4 horas atrás

SÃO PAULO. O governo de São Paulo rescindiu o contrato com o consórcio Isoluz Córsan-Corviam, responsável por obras da Linha 4-Amarela do Metrô. A decisão da Secretaria de Transportes Metropolitano decorreu de atrasos na obra e violações contratuais por parte do consórcio, que poderá ser multado em até R$ 23 milhões. O consórcio tem dois contratos, um para obras das estações Oscar Freire, Higienópolis-Mackenzie, Pátio e Terminal Vila Sônia. Outro para as estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. A TV Globo antecipou a informação sobre a rescisão do contrato.


O governador Geraldo Alckmin já havia admitido a possibilidade de rescindir o contrato no início deste ano, em função dos atrasos para entrega das estações.

Ônibus vai ter cara de metrô e tomada para celular

Prefeitura vai entregar 2 mil BRTs até o início de 2017
Publicado: 17 de junho de 2015 às 11:47


Veículos vão circular em corredores e faixas exclusivas (Foto: Sérgio Castro/Estadão)
Ônibus prateado, com "cara de Metrô", ar-condicionado e tomada para carregar o telefone celular. A Prefeitura de São Paulo vai começar a entregar 100 veículos novos por mês, do tipo BRT, que irão circular nos 121,3 quilômetros de corredor de ônibus e 386,8 quilômetros de faixas exclusivas da capital - rede estrutural de transporte coletivo.
Segundo o secretário municipal de Transporte, Jilmar Tatto, pelo menos 2 mil veículos deste tipo estarão em circulação até o começo de 2017. Um desses coletivos começou a ser exposto nesta terça-feira, 16, em frente à sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, na região central. Os modelos com capacidade para 118 passageiros em pé e outros 55 sentados também terão wi-fi grátis e catraca dupla para evitar filas no lado de fora dos coletivos.
"Em viários com grandes carregamentos de pessoas, tem que colocar ônibus grande", afirmou Tatto. O objetivo desses BRTs, segundo Tatto, é "andar em linha reta", por isso eles não vão rodar dentro de bairros. "Não tem sentido um ônibus desse tamanho entrar em um bairro. Na Vila Madalena tem ônibus grande andando dentro do bairro, o que não faz sentido."
Para atender os bairros e regiões com viários menores e estreitos, a São Paulo Transportes (SPTrans) vai aumentar a oferta de linhas circulares. De acordo com Tatto, o ideal é que as linhas do chamado sistema local, não entrem nos corredores de ônibus. Caso seja necessário, este tipo de veículo não vai ultrapassar a casa dos 20% dos coletivos pequenos em corredores de transporte coletivo. 
Metrô sobre pneus.  A cor prateada do BRT tem como objetivo criar uma identidade visual, informando aos passageiros que aquele veículo trafega em corredores e faixas exclusivas de ônibus. Tatto afirmou que a Prefeitura vai "metronizar" os ônibus do sistema estrutural na cidade São Paulo. Hoje, os veículos que trafegam pelos corredores têm duas cores: branca e a da concessionária (azul, verde, lilás, amarelo, laranja e vermelho). 
Além da cor que é igual a dos vagões do transporte sobre trilhos, os BRT's, segundo a promessa de Tatto, também terão intervalos menores, operação assistida (acompanhamento em tempo real por meio de GPS) e partidas programadas. 
O prefeito Fernando Haddad (PT) também foi conhecer o novo ônibus. "O transporte coletivo sobre superfíce é cada vez mais regra do que exceção, mesmo onde tem rede metroviária ampla", afirmou. De acordo com ele, até o final de julho a Prefeitura deve lançar a audiência pública para a nova concessão do transporte público em São Paulo. As exigências serão cobradas nos contratos com as empresas. (AE)


Mais quatro trens da Linha 4 desembarcam no Rio

Dos15 trens adquiridos para a Linha 4 do metrô, nove já estão no Rio 

A secretaria de Estado de Transportes informa que mais quatro novos trens da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca-Ipanema) desembarcaram neste sábado, dia 16/05, no Porto do Rio de Janeiro.  Dos 15 trens adquiridos para a Linha 4 do metrô, nove já estão no Rio. Até o fim de 2015, outros seis trens desembarcarão na cidade.

Cada composição tem seis carros, com capacidade para transportar 1.800 pessoas. Os vagões são equipados com ar-condicionado, painéis de LED com sistema informatizado de comunicação e câmeras de monitoramento interno, além de passagem interna entre os carros. O projeto é o mesmo dos modelos que já operam no MetrôRio desde 2012. Antes de começarem a circular no novo trecho, os novos trens serão testados por 90 dias nas linhas 1 e 2.

A Linha 4 do Metrô será inaugurada em junho de 2016, beneficiando mais de 300 mil usuários por dia. Com isso, a frota de trens no metrô do Rio de Janeiro será ampliada em 30%, saltando de 49 trens para 64.

Componentes de vários países
Fabricado na China, os trens recebem peças de vários países diferentes. A carroceria e o truque, onde se localizam as rodas e o motor, vêm da empresa chinesa Changchun Railway Vehicles. O sistema de ar-condicionado é da australiana Sigma. A Mitsubishi Eletric, do Japão, ficou responsável pelo motor de tração. O sistema de portas foi desenvolvido pela austríaca IFE e toda a parte de frenagem do novo trem ficou a cargo da alemã Knorr-Bremse.

Sobre a Linha 4
A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro, uma obra do Governo do Estado, é o maior legado em transporte que a população do Rio de Janeiro ganhará com os Jogos Olímpicos. Com a nova linha, o passageiro poderá utilizar todo o sistema metroviário da cidade pagando uma única tarifa, deslocando-se, por exemplo, da Barra da Tijuca à Pavuna. Será possível ir da Barra a Ipanema em 13 minutos e, da Barra ao Centro, em 34 minutos.


Após passar por uma fase de testes, a Linha 4 do Metrô entra em operação no primeiro semestre de 2016, quando estarão funcionando as estações Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, São Conrado e Jardim Oceânico. A estação Gávea teve o projeto alterado para ampliar a possibilidade de futuras expansões da malha metroviária do Rio e será inaugurada em dezembro de 2016. O investimento na Linha 4 do Metrô é de R$ 8,79 bilhões, sendo R$ 7,63 bilhões de recursos do Governo do Estado do Rio de Janeiro e o restante da Concessionária Rio Barra, responsável pela implantação da Linha 4 do Metrô, que emprega cerca de 9 m il colaboradores.

Alckmin assina contrato de PPP para VLT na Baixada Santista

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assinou nesta terça-feira, 23, em Santos, um contrato de Parceria Público-Privada (PPP) com o consórcio BR Mobilidade Baixada Santista, que vai responder pela operação do Sistema Integrado Metropolitano (SIM). O SIM integra as linhas metropolitanas de ônibus com o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que tem previsão de entrega à população no primeiro semestre do ano que vem.
Logo após a assinatura do contrato, as autoridades presentes participaram de um teste no primeiro VLT fabricado no Brasil, percorrendo um trecho de 6,1 quilômetros, ao longo de nove estações, entre Santos e São Vicente.
"Esta PPP é importante, porque vai possibilitar a integração entre as linhas regulares de ônibus com o VLT", afirmou Alckmin, lembrando que o governo do Estado está liberando R$ 134 milhões de verba para a primeira fase do VLT, que contempla 15 estações e liga a região do Canal dos Barreiros, em São Vicente, à Avenida Conselheiro Nébias, no bairro do Boqueirão, em Santos. A segunda fase da obra, que atingirá o Porto de Santos, está em fase de avaliação ambiental pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).
Por meio da parceria, a BR Mobilidade Baixada Santista ficará responsável, por um período de 20 anos, pela prestação de serviços de transporte intermunicipal metropolitano, incluindo a operação do VLT, além do fornecimento de equipamentos e sistemas de controle operacional e a implantação da bilhetagem eletrônica, somando um investimento de R$ 600 milhões. O contrato de PPP é de R$ 5,6 bilhões.
O consórcio já adquiriu 100 ônibus novos, o que reduzirá a idade média da frota regional para dois anos, conforme previsto em cláusula contratual. O novos ônibus têm capacidade para 71 passageiros e possuem elevador, espaços para cão-guia, bancos reservados para pessoas obesas, idosos e com deficiência.
De acordo com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), o valor da tarifa do VLT será de R$ 3,60, enquanto que o bilhete integrado, envolvendo ônibus e VLT, custará R$ 3,80, tanto em Santos, quanto em São Vicente. Desde novembro, a população de São Vicente já podia participar dos testes no VLT, uma vez que boa parte das obras estava concluída, com a entrega de quatro estações.
Novidade
O VLT entre dois municípios é fato inédito no Brasil. Ele vai funcionar com 22 composições, sendo três delas fabricadas na Espanha e outras 19 no Rio de Janeiro. Cada uma delas vai transportar 400 passageiros, sendo 72 sentados. Nesta terça, foram entregues em Santos as estações Nossa Senhora de Lourdes e Pinheiro Machado, incluindo um túnel na divisa entre as duas cidades e mais duas estações em São Vicente: Itararé e João Ribeiro. A EMTU calcula que 95% das obras no município de São Vicente já estejam concluídas, enquanto que em Santos faltam 40% para a conclusão.
A entrega das novas estações e o passeio-teste pelo VLT fizeram parte da abertura do 20º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito que, pela primeira, é realizado fora de uma capital e continua até quinta, 25, no Mendes Convention Center. O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, participou da abertura do encontro. Ele lembrou que o transporte público é uma preocupação crescente da população, que há dois anos foi às ruas para exigir melhor condição de transporte.
"Só o governo federal já investiu R$ 1,7 bilhão no transporte público na região metropolitana da Baixada Santista", disse. De acordo com Kassab, após os protestos, as grandes cidades sentiram o clamor das ruas e passaram a investir mais no setor.
Em seu discurso de abertura, o governador Geraldo Alckmin defendeu a necessidade de mais recursos para os setores de infraestrutura e logística. "Só numa obra do metrô, na capital, temos 3 mil pessoas trabalhando diretamente, fora os trabalhadores indiretos", disse.


terça-feira, 28 de julho de 2015

Volta dos bondes de Santa Teresa registra longas filas e espera de mais de uma hora para embarque



Primeiro dia de operação contou com apenas três bondes, o que gerou reclamação dos passageiros ao longo desta segunda-feira
por Paulo Roberto Junior
27/07/2015 14:32 / Atualizado 27/07/2015 20:27

RIO - Os bondinhos de Santa Teresa voltaram aos trilhos nesta segunda-feira, ainda em fase de testes. Dos quatro veículos aptos a operar nesta etapa de pré-operação, três foram colocados em circulação, transportando mais de 1.600 passageiros. As viagens, que duram entre 10 e 15 minutos, serão realizadas gratuitamente, de segunda a sábado, das 11h às 16h, com saídas a cada 20 minutos. Devido à grande procura, houve filas nas estações e o tempo de espera para embarcar chegou a ultrapassar uma hora. Moradores do bairro e turistas reclamaram da demora para iniciar o percurso de 1,7 quilômetros, entre as estações do Largo da Carioca e do Largo do Curvelo.

Inicialmente, apenas dois bondes fariam o trajeto nesta segunda-feira. No fim da manhã, após identificar o grandde fluxo de passageiros, o secretário estadual de Transporte, Carlos Roberto Osorio, determinou a entrada de um terceiro veículo em circulação. Segundo ele, a partir desta terça-feira o sistema passará a operar com os três carros durante todo o dia.

— Os bondes estão se adaptando à realidade do bairro. Esperamos reduzir o intervalo de cada viagem a partir desta terça. Na próxima semana, vamos avaliar a necessidade de botar um quarto veículo em operação, e a possibilidade de circulação aos domingos — explicou Osorio.

No fim da manhã desta segunda, um grupo de 70 pessoas, a maioria turistas, aguardava há 40 minutos pelo embarque, na estação do Largo do Curvelo. O gerente de logística Ifraim Rosa, de São Paulo, que estava com a mulher e quatro filhas, achou precária a estrutura montada, mesmo para uma etapa de testes:

— Está demorando muito. Também senti falta de informações de segurança mais detalhadas. Para o turista, não está legal.

Moradora de Santa Teresa há quatro anos, a musicista Flávia Belchior, de 33 anos, disse que falta preocupação do governo com o objetivo principal do bonde, que é servir como meio de locomoção para quem vive no bairro:

— De dez quilômetros no total, estão entregando menos de dois. É uma tentativa de dizer que as obras estão andando, sendo que os moradores acompanham diariamente o descaso com a região
.
BONDE DEVE CHEGAR AO LARGO DOS GUIMARÃES ATÉ SETEMBRO
O retorno do tradicional bondinho acontece quatro anos depois do acidente que deixou seis mortos e mais de 50 pessoas feridas, paralisando totalmente a operação do transporte. Há meses o bairro foi transformado em um canteiro de obras, causando transtornos aos moradores devido a atrasos e erros no planejamento da obra.


— Foram anos de abandono. Apenas esse trechinho de quase dois quilômetros não resolve nada, é mais uma viagem para turistas. Queremos o bonde em todo o bairro, como sempre foi. Vamos acreditar que tudo vai dar certo, pois de promessas estamos cheios — desabafou Marli Soares, moradora de Santa Teresa há 40 anos.

Bonde de Santa Teresa é testado com passageiros a partir desta 2ª


27/07/2015 - G1
Um trecho de 900m dos 10km do bondinho de Santa Teresa poderá ser testado por passageiros a partir desta segunda-feira (27) na região central do Rio. Durante o período, batizado de pré-operação, não haverá pagamento de passagem. De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), o serviço vai funcionar entre 11h e 16h, com intervalos de 20 minutos entre as viagensm, e capacidade de 32 passageiros.

A circulação volta a acontecer praticamente quatro anos após um acidente com o bondinho matar seis pessoas e deixar mais de 50 feridos. A tragédia não sai da memória do presidente da Associação de Moradores de Santa Teresa (Amast), Jacques Schwarzstein, que não vê a cerimônia com otimismo.

"Não podemos nos iludir. Estamos no começo do processo de restauração do bonde de Santa Teresa, bem no comecinho mesmo. Temos muitas dificuldades, estamos longe de poder dizer que os bondes voltaram a Santa Tresa. Pode demandar um ano, dois anos, não sabemos. Não temos nem certeza de que o processo de restauração será concluído", afirmou ao Bom Dia Rio desta segunda-feira (27).


Nos novos bondes, não será permitido viajar em pé, nem nos estribos – que são retráteis e acionáveis no momento de parada nos pontos. O embarque e desembarque só poderá ser feito nos pontos de parada. Agentes da Setrans ficarão posicionados nas duas estações terminais para orientarem os passageiros.

Desde o dia 7 de julho, os bondes passaram por testes no trajeto entre o Largo da Carioca e o Largo do Curvelo, que compreende cerca de 900m de trilhos. Eles circularam sem passageiros para que fossem testados os freios magnéticos.

O trajeto completo dos bondes, entre o Silvestre e o Largo das Neves, deverá ter 10km de extensão. As obras deveriam ter sido concluídas antes da Copa do Mundo de 2014, mas sofreram diversos atrasos e adiamentos.
Além da demora para restabelecimento do sistema de transporte, os canteiros de obras no Bairro de Santa Teresa provocaram uma série de transtornos aos moradores, que se organizaram em seguidos protestos. O prazo para conclusão total das obras ainda não foi determinado pela Setrans.


Os bondinhos pararam de circular em agosto de 2011, quando a falta de manutenção do sistema provocou um acidente grave, deixando seis pessoas mortas e 50 feridas.

Maioria das novas composições do metrô de BH já deveria estar nos trilhos

Gabriela Sales - Hoje em Dia
Lucas Prates/Hoje em Dia

Composições têm sido testadas durante a madrugada Lucas Prates/Hoje em Dia

O metrô de Belo Horizonte deveria operar, no mês que vem, com uma capacidade ampliada de 50% no volume de passageiros, ou seja, dos 220 mil ao dia para 340 mil. Pelo cronograma de aquisição de dez novos trens, anunciado pelo governo federal em novembro passado, todos estariam nos trilhos em agosto. Até agora, porém, não transportaram ninguém.

Um investimento de R$ 171,9 milhões destinado a desafogar o sistema, mas que ainda não resultou em benefícios. Os veículos, adquiridos de uma empresa espanhola e montados em São Paulo, estão estacionados nos pátios de manutenção das estações São Gabriel e Eldorado. 

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) argumenta que as composições estão em teste e insiste em dizer que o processo segue dentro do programado. No entanto, quando a suplementação da frota foi anunciada, a promessa era colocar as composições em operação da seguinte forma: uma em janeiro, uma em março, uma em abril, duas em maio, duas em junho, duas em julho e a última em agosto.

Enquanto isso, passageiros se espremem nos vagões de composições antigas, com mais de 30 anos de uso, principalmente nos horários de pico. Fora o desconforto: quanto mais cheio, mais quente. Os trens não têm ar-condicionado. 

“A sensação é que estamos em um forno. Não tem passagem de ar, e o aperto é grande”, diz a auxiliar administrativa Patrícia Mourão, de 26 anos.

De acordo com a assessoria de imprensa da CBTU, que não disponibilizou nenhum técnico para explicar a demora na instalação dos novos vagões, as composições passam por testes de comissionamento, obrigatórios antes da entrada em operação. 

Segurança

Nos testes, são verificados sistemas de freios, conjuntos pneumáticos, portas, iluminação, performance, informações ao passageiros, dentre outras especificações técnicas. Agora, em uma nova estimativa, a CBTU pretende colocar as composições em atividade “no segundo semestre deste ano, de forma gradativa”, mas não especifica datas.

Para o Sindicato dos Metroviários (Sindimetro), a demora é resultado de falha no cronograma. “Os testes são imprescindíveis para que o novo dispositivo comece a operar. Isso requer tempo para que os ajustes necessários sejam feitos de forma a garantir a segurança de usuários e funcionários”, explica o vice-presidente Romeu José Machado Neto. 

Além de mais modernas, as novas composições têm ar-condicionado e vagões integrados. Painéis eletrônicos informam aos passageiros o nome da estação que se aproxima.

Os veículos têm, ainda, tecnologias sustentáveis, como iluminação por LED, mais econômica e durável que a convencional. 


SP tem primeira frota de ônibus a hidrogênio do país

Veículos, que não emitem poluentes, vão circular no trecho Diadema/Morumbi; projeto é 100% brasileiro
O Estado de São Paulo dá mais um passo para a preservação do meio ambiente. Foram entregues nesta segunda-feira, 15, três novos ônibus movidos a hidrogênio para transporte urbano no Brasil. Trata-se da primeira frota brasileira com essa especificidade. "Vai ajudar muito com a questão da poluição e meio ambiente, além de oferecer conforto, rapidez e contribuir com a saúde da população", declarou o governador Geraldo Alckmin, durante a entrega.

Os veículos têm tecnologia de propulsão, ou seja, não emitem poluentes (material particulado e gases de efeito estufa), apenas vapor d'água é eliminado pelo escapamento dos ônibus, que também oferecem mais espaço aos passageiros, aperfeiçoamento dos sistemas de controle e integração a bordo e nacionalização de todo o sistema de tração.

O projeto é totalmente brasileiro e foi coordenado pela EMTU/SP (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S.A.). Além do Brasil, os únicos países capazes de desenvolver e operar ônibus com tal tecnologia são Alemanha, Canadá e Estados Unidos. "O grande desafio das metrópoles do mundo inteiro é mobilidade urbana e poluição", acrescentou o governador.

A primeira frota vai circular no trecho Diadema/Morumbi no Corredor São Mateus-Jabaquara (ABD). 

Estação de Abastecimento

A estação de produção e abastecimento de hidrogênio, instalada na Unidade São Bernardo do Campo da EMTU, é responsável por separar as moléculas de água por meio de eletrolisadores (esse mecanismo separa os elementos químicos usando eletricidade).

O oxigênio da molécula será liberado para atmosfera e o hidrogênio, comprimido e armazenado para abastecer os ônibus. A operação dessa estação ficará a cargo da Petrobras Distribuidora.

Fauna brasileira

A fim de homenagear a conquista da engenharia nacional e associar visualmente os ônibus à tecnologia ambiental, as carroçarias dos veículos trazem desenhos de pássaros representativos da fauna brasileira e foram batizados com o nome de três espécies. São elas: Ararajuba, ave da região Amazônica que representará as regiões Norte e Nordeste; Tuiuiú, ave símbolo do Pantanal e Sabiá Laranjeira, considerada por decreto presidencial como um dos quatro símbolos nacionais.

Do Portal do Governo do Estado

ge:PT-BR'>Outro corredor, o Ouro Verde, terá 14,4km de extensão, sairá do Centro, seguindo pela João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, Camucim e Terminal Vida Nova. O projeto contempla, além de uma pista exclusiva para os ônibus, estações de transferência fechadas e plataformas em nível, com embarque e desembarque pela porta esquerda do veículo. 

Revisão do BRT deve elevar custos em 30%

A revisão do projeto de implantação dos corredores de ônibus rápido em Campinas, os BRTs, apontou que a Prefeitura vai precisar de um financiamento maior do que os R$ 340 milhões estimados inicialmente. Os custos com as desapropriações necessárias e as alterações nas estações de transferências entre outras adequações, elevarão os preços em pelo menos 30%.
O secretário de Transportes, Carlos José Barreiro, não informou o valor atualizado porque espera ter, até o início desta semana, a validação do projeto pela Caixa Econômica Federal (CEF).
"Temos a garantia do Ministério das Cidades que o nosso projeto do BRT não será impactado pelos cortes promovidos no ajuste fiscal. Assim que o agente financeiro validar o projeto e o orçamento, começaremos a trabalhar para conseguir a complementação de recursos”, disse Barreiro.
A Caixa Econômica informou que, no dia 28 de maio, recebeu da Prefeitura o projeto dos corredores ajustado e se encontra em análise. A revisão, de acordo com o banco, foi entregue no último dia 2 e está em estágio inicial de análise pela equipe técnica.
Barreiro explicou que o custo de R$ 340 milhões foi uma estimativa feita inicialmente, quando ainda não estava concluído o projeto básico do BRT.
"São estimativas feitas em cima de custos, por exemplo, de quilômetro de implantação em várias cidades. Mas só quando fazemos o projeto básico é que temos uma situação mais real de quantas pontes, viadutos, desapropriações, estações, e outros itens, serão necessários” , explicou.
Uma das alterações no projeto foi a retirada do Terminal Magalhães Teixeira como estação do BRT. A Secretaria de Transportes fez as contas e conclui que precisaria investir mais de R$ 100 milhões na remodelação do terminal para que o local pudesse receber ônibus articulados ou biarticulados. O alto custo levou a secretaria a optar por deixar esse terminal para os ônibus que irão alimentar as linhas dos BRTs.
Dois novos locais, a Avenida Campos Salles e a região do Mercado Municipal, foram estudados para receber as estações de transferências dos ônibus rápidos que farão a ligação do Centro com as regiões do Campo Grande e do Ouro Verde.
O secretário de Transportes, Carlos José Barreiro, disse que o projeto básico dos corredores foi entregue à Caixa Econômica Federal e assim que sair o aval irá publicar o edital para contratar o projeto executivo e a obra. O plano é implantar os corredores em 2016.
Barreiro disse que, como o conceito do BRT é ser troncal — linha que tem a função de ligar duas regiões por um corredor —, o problema é chegar ao Centro com esses veículos, que poderão ser articulados ou biarticulados, em uma região congestionada.
Dos R$ 340 milhões iniciais necessários à implantação do maior projeto de mobilidade da cidade, a Prefeitura conseguiu a aprovação de R$ 197 milhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), R$ 98 milhões do Orçamento Geral da União (OGU) e R$ 45 milhões de contrapartida da Prefeitura.
Os corredores do BRT irão atender uma população de cerca de 300 mil pessoas que vive nos eixos Centro-Campo Grande e Centro-Ouro Verde. A expectativa da Prefeitura era iniciar ainda este ano as obras, mas sucessivos atrasos com o projeto transferiram para 2016 o começo da construção.
A implantação começará pelo corredor Campo Grande — serão 17,8km de extensão saindo do Centro, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT, John Boyd Dunlop e chegando ao Terminal Itajaí.
Junto com ele, será construída uma perimetral com 4km de extensão, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseos, seguindo pelo leito desativado do veículo leve sobre trilhos (VLT).

Outro corredor, o Ouro Verde, terá 14,4km de extensão, sairá do Centro, seguindo pela João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, Camucim e Terminal Vida Nova. O projeto contempla, além de uma pista exclusiva para os ônibus, estações de transferência fechadas e plataformas em nível, com embarque e desembarque pela porta esquerda do veículo. 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Investimento precisa crescer 8 vezes para país ter transporte de qualidade.

22/06/2015 - UOL
O Brasil precisa aumentar em oito vezes seus investimentos em linhas de metrô, trem e corredores de ônibus para que, daqui a 12 anos, a rede de transporte público das maiores regiões urbanas seja de qualidade e compatível com a demanda existente.

A conta foi feita pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) –que, pela primeira vez, fez a radiografia do deficit de mobilidade urbana nas 15 maiores regiões metropolitanas.


O estudo aponta a necessidade de investir mais de R$ 234 bilhões, quase cinco vezes as despesas anuais da capital paulista em todas as áreas, inclusive com servidores.


Somente na Grande São Paulo, seria preciso R$ 83,5 bilhões, dos quais R$ 56 bilhões exclusivamente para tirar do papel 93 km de metrô.
Conforme revelou a Folha no mês passado, nas últimas duas décadas, houve gastos do Estado de R$ 30 bilhões na expansão do metrô paulista –que tem uma rede de 78 km e outros 65 km em obras.


No ritmo histórico de investimentos, levaria quase quatro décadas para que a cidade tivesse um sistema de dimensões adequadas.
O BNDES aponta que, de 1995 a 2013, a mobilidade urbana teve investimentos anuais de 0,05% do PIB -em todas as esferas de governo.


Ele considera ser necessário construir uma malha de 1.633 km de trilhos e corredores nas grandes cidades. Para tirar isso do papel, a taxa de investimento deveria subir para 0,4% do PIB.


O consultor Claudio Frischtak avalia que, “com ajuste fiscal e empreiteiras enroladas na Lava Jato [operação da PF], isso parece impensável”.
O BNDES considerou nos cálculos um método que avalia densidade habitacional de cada região, tipo de transporte ideal em cada e malha existente ou em implantação.


O estudo não indica os trajetos a serem criados.


Rodolfo Torres, um dos autores do trabalho do BNDES, diz que, se os investimentos necessários fossem realizados, as regiões seriam atendidas por transportes compatíveis com a demanda.


“Isto significa que as regiões onde há necessidade de metrô terão padrão de atendimento de metrô e não serão mais atendidas apenas por ônibus, vans ou automóveis, que são menos eficientes, geram mais congestionamentos, acidentes e poluição.”


Dario Lopes, secretário de mobilidade do Ministério das Cidades, diz que os investimentos em transporte coordenados pela União já somam R$ 154 bilhões.



Ele afirma que a pasta estimula os Estados e as prefeituras a buscarem novos modelos de financiamento.

Barcas: estado cria grupo para rever contrato

17/07/2015 07:39
O Globo| O Globo

Um dia após a colisão da barca Boa Viagem no cais da Praça Quinze, que deixou 13 passageiros feridos, o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, afirmou ontem que o contrato de concessão do serviço está sendo reavaliado por técnicos do governo. Ele disse que o acordo, assinado em 1998, está em "desequilíbrio”, mas não deu detalhes sobre o que isso seria. Em 2012, o Grupo CCR comprou a Barcas S. A. e assumiu a operação das barcas, cujo contrato expira em 2023. Técnicos da secretaria começaram a trabalhar no início de junho e têm 90 dias para apresentar o relatório.
— É um contrato antigo, que tem dificuldades. Estamos analisando a prestação de serviço e a relação contratual com o estado. A gente está avaliando se esse contrato dá ao estado os mecanismos necessários para promover a melhoria do serviço — disse Osorio. — É uma avaliação técnica, que será apreciada pelo governador.
Perguntado se o governo vai romper o contrato, o secretário afirmou:
— Qualquer contrato tem cláusulas que preveem o rompimento, mas ainda é prematuro falar numa medida como essa.
Osorio se reuniu com representantes da concessionária, com o defensor- geral do Estado, André Castro, e o defensor público Eduardo Chow. No encontro, foi elaborado um termo que facilitará a busca por indenização pelas vítimas do acidente. Não foram decididos valores, e a expectativa é que o acordo seja assinado semana que vem.
O secretário disse ainda que o Grupo CCR não informou ao governo sobre qualquer interesse da empresa de colocar à venda a concessão do serviço de barcas, como informou a coluna de Ancelmo Gois, no GLOBO. De acordo com Osorio, a empresa precisa ter autorização do estado para isso e até mesmo para efetuar qualquer mudança na composição acionária. Ainda segundo o secretário, os representantes da concessionária negaram a intenção durante a reunião de ontem:
— A lei permite a venda do controle acionário, mas é preciso haver autorização do estado. Se isso vier a acontecer, o governo avaliará a empresa, se ela tem capacidade financeira e expertise. Uma vez decidido se o poder concedente tem interesse ou não na venda, o caso é enviado para a Procuradoria Geral do estado.
CCR NEGA VENDA DE CONCESSÃO
Em nota, o grupo CCR negou a possibilidade de venda. "Como integrante do Novo Mercado da BM& FBovespa, a companhia cumpre rigorosamente a regra de informar todas as suas decisões ao mercado com a publicação de fatos relevantes ou comunicados ao mercado por intermédio da Comissão de Valores Mobiliários ( CVM)”.
Osorio acrescentou que o acidente de anteontem com a Boa Viagem é "inaceitável”. Ele informou que a barca foi retirada de operação e que o mesmo acontecerá com outras três até o final do ano. Segundo o secretário, uma nova barca, Corcovado — com dois mil lugares —, já está no Rio e deverá entrar em circulação no próximo mês.
Ontem, após falha nos trens da SuperVia, Osorio disse que o fato não ficará impune e que a concessionária poderá ser multada:

— Não está no padrão adequado ( o serviço dos trens). Não vamos eximir a SuperVia de responsabilidade. A maneira de corrigir é punir os culpados.

São Vicente sobre trilhos: uma análise do novo VLT da cidade paulista



O economista e cientista político Vicente Vuolo avalia os resultados de implantação do VLT em São Vicente (SP) e o potencial do sistema para outras cidades brasileiras 

O VLT e o turismo na região
O início da operação do VLT representa um marco, também, na história da cidade. Além do charme característico do trenzinho elétrico, coloca São Vicente num patamar “sui generis” para desenvolver o seu alto potencial turístico de belas praias e de patrimônio histórico. A primeira linha já está circulando ao longo de sete estações: Mascarenhas de Moraes, São Vicente, Emmerich, Nossa Senhora das Graças, José Monteiro, Itararé e João Ribeiro fazem parte do trecho Barreiros-Porto. O percurso de 6 km é percorrido em 24 minutos. A velocidade média inicial é de 20km/h. 

quarta-feira, 8 de julho de 2015

TRAVIC - Este mapa interativo mostra ônibus e trens do mundo todo se movendo em tempo real

Info Exame - São Paulo/SP - ÚLTIMAS NOTÍCIAS - 16/05/2015 - 18:08:51
Gustavo Gusmao

 A cidade de Sao Paulo vista pelo TRAVIC

Quer saber se seu onibus esta chegando? Um mapa dos mais complexos desenvolvido pela empresa de TI alema geOps, em parceria com a Universidade de Freiburg, talvez ajude.

Chamada de TRAVIC (sigla para Transit Visualization Client, ou cliente de visualizacao de transito em traducao livre), a curiosa ferramenta tenta mostrar em tempo real a posicao e a movimentacao nao so de onibus, mas tambem de trens e metros pelo mundo.

Ela utiliza, para isso, informacoes fornecidas por mais de 200 empresas de transporte publico, incluindo a CPTM, o Metro e a SPTrans. As fontes nao sao exatamente precisas algumas nao fornecem dados em tempo real , mas o TRAVIC tenta contornar o problema exibindo os pontos com base nos horarios programados, tambem obtidos nos bancos de dados.

O resultado, portanto, nem sempre e exato, mas o mapa compensa no visual e na riqueza de dados. Ele consegue exibir simultaneamente todos os veiculos registrados, mesmo que as informacoes venham de fontes diferentes. Alem disso, um clique no onibus ou trem desejado ainda exibe a rota que ele realiza e os horarios estimados de chegada em cada local.

Se quiser passear pelo mapa, o endereço é este:
http://tracker.geops.ch/?z=14&s=1&x=-8235743.4976&y=4971840.9526&l=transport De um clique em All Feeds na barra preta superior para visualizar o mundo todo, e a partir ir para outros paises.

Metrô da Cidade do México versus Metrô de São Paulo

Artigo originalmente publicado na Revista Ferroviária
Rogerio Wassermann, da BBC Brasil, em um artigo publicado em janeiro de 2013, comparou o Metrô de São Paulo com outros metrôs do mundo. Ele afirma que o nosso Metrô, ao ritmo médio de expansão anual, precisaria de mais 172 anos para chegar à atual extensão do metrô de Londres. E entre os metrôs latino-americanos, o da Cidade do México, inaugurado em 1969 com 226 km de rede, tem ritmo de expansão maior do que o nosso, com 5 quilômetros a mais por ano. E acrescentava: "O sistema da capital paulista, inaugurado em 1974, tem hoje 74,3 quilômetros de extensão – média de expansão de somente 1,91 quilômetros por ano”.
Jornalistas e políticos brasileiros seguem a mesma linha para criticar a rede do Metrô de São Paulo, considerada muito pequena face à demanda, e sempre se referem ao Metrô do México como o paradigma a ser seguido. Eu gostaria de discordar dessa visão, no meu entender errada, por ser, no mínimo, incompleta.
A cidade do México é uma megalópole com mais de 20 milhões de habitantes. O seu Metrô tem uma rede de 226 km, com 12 linhas e 195 estações. Foi construído com financiamento do governo francês e concebido com a mesma tecnologia do Metrô de Paris. A última extensão se deu em 2012 com a linha 12, a chamada linha dourada, que está parcialmente interditada por problemas na interface via/material rodante, apresentando falhas desde a sua inauguração e com riscos de descarrilamento.
Hoje o sistema transporta cinco milhões de passageiros por dia, 1,6 bilhão por ano, sendo um dos mais frequentados do mundo, atendendo de maneira relativamente eficiente grande parte da região metropolitana da capital mexicana. A tecnologia do material rodante é com rodas de pneus de borracha, exceto nas linhas A e 12. Excluindo a linha 12, não operacional, a rede do México ficaria reduzida a 202 km e 175 estações. A cidade não tem uma ampla rede suburbana de transporte sobre trilhos como São Paulo. A moderna linha Buenavista-Cuautitlan, que liga a Cidade do México a quatro municípios da região, foi inaugurada em 2009 – a primeira em 40 anos. Tem 27 km de extensão e transporta 300 mil passageiros por dia.
São Paulo conta com três empresas de transporte sobre trilhos. Uma delas é o Metrô, que possui quatro linhas em operação, 65,9 km de rede, 59 estações e 150 trens. Transportou, no ano de 2013, 1,1 bilhão de passageiros. O sistema metroviário transporta diariamente cerca de 4,6 milhões de usuários. Outra é a ViaQuatro que opera a linha 4 do Metrô, com 12,8 km, totalmente automatizada. É uma das mais modernas do mundo e transporta 700 mil passageiros por dia. Um sucesso. Há também a CPTM, que tem uma rede de 260 km de extensão, com 6 linhas e 92 estações operacionais, atendendo a 22 municípios. As linhas estão sendo modernizadas para terem a mesma qualidade do serviço de metrô. Logo, logo chega lá. Transporta hoje 2,8 milhões de passageiros por dia.
Assim, a Região Metropolitana de São Paulo conta atualmente com quase 340 quilômetros de vias sobre trilhos e transporta 8 milhões de passageiros diários.
Esses números desmentem a visão estreita do correspondente da BBC, que muitos têm ao comparar México com São Paulo. Nosso Metrô, dentro da rede sobre trilhos integrada, tem uma malha razoavelmente grande. Isso não significa que a cidade não necessite, com rapidez, de mais linhas em áreas não atendidas, coisa que, aliás, está sendo feita, verdade seja dita, a um ritmo que poderia ser bem maior.
Peter Alouche é consultor em tecnologia dos transportes e o atual diretor técnico da Revista dos Transportes Públicos – ANTP.


Metrô: obras da Linha 2 avançam em direção à Avenida Luis Viana, Paralela

  • Tribuna da Bahia - Salvador/BA - CIDADE - 27/05/2015 - 14:46:04


As obras da Linha 2 do metrô de Salvador, que vai ligar a região do Iguatemi ao Aeroporto Internacional, seguem em ritmo intenso no trecho entre o Acesso Norte e a Rodoviária da capital baiana.

Cerca de 200 operários trabalham apenas no canteiro localizado às margens do Rio Camurujipe, entre a sede do Detran e a Rodoviária.

Outros 300 funcionários trabalham nas obras de interligação das duas linhas, que ocorrem na região do Acesso Norte. No pico da obra, a concessionária CCR Metrô Bahia espera ter mais de 1.200 trabalhadores apenas neste trecho. 

Com 20,7 km de extensão, a linha 2 do metrô terá doze estações (Detran, Rodoviária, Pernambués, Imbuí, CAB, Pituaçu, Flamboyant, Tamburugy, Bairro da Paz, Mussurunga e Aeroporto).

Estão previstas ainda a construção de quatro terminais de integração (Acesso Norte, Rodoviária, Pituaçu e Aeroporto) e reforma de outros dois (Rodoviária Norte e Mussurunga).

A estação Acesso Norte, que servirá de ligação entre as duas linhas do sistema, passa atualmente por reformas para realocação do terminal de integração de ônibus, que contará com 19 baias de ônibus numa área de 15 mil metros². 

Liberação de alvará  Para iniciar à execução dos serviços no canteiro central da Paralela, o governo do Estado, por meio da CCR, aguarda apenas a Ca liberação do alvará pela Prefeitura de Salvador.
A previsão é que cerca de 3 mil novos empregos sejam gerados com a ampliação das intervenções. Atualmente, as obras da linha 1 e 2 empregam 4 mil profissionais. 

As obras da linha de metrô no canteiro da Avenida Paralela também incluem a construção de dez novas passarelas ao longo da via, além de reforma e adequação de outras passarelas já existentes. 
O projeto urbanístico da Linha 2 também impede que o impacto visual seja o mesmo da Avenida Bonocô, já que o metrô na Avenida Paralela será construído no canteiro central, no nível da pista, sem elevados.
O projeto também prevê a preservação das lagoas localizadas ao longo da via.

Com cinco novas linhas, turismo ferroviário deve atrair 3 milhões de pessoas em 2015

16/06/2015 - O Globo
Subir a serra da Mantiqueira sobre trilhos, pela ferrovia The Rio and Minas Railway, inaugurada em 1884, e chegar à estação Coronel Fulgêncio. No meio do caminho, uma parada na estação de Manacá, que serviu como posto das tropas federais durante a Revolução de 1932. Tudo isso em meio a paisagens rurais e a bordo de uma locomotiva de 1925. Não é preciso voltar no tempo para fazer o roteiro. O “Trem da Serra da Mantiqueira”, na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais, é uma das 33 linhas ferroviárias turísticas em operação no país.

Ainda este ano, mais cinco trechos serão inaugurados. O de Guararema, no interior de São Paulo, deve começar a operar até agosto. O trem vai percorrer a antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, através da locomotiva 353, o maior trem a vapor em operação no país. O trajeto de 6,8 quilômetros começa na Estação de Guararema, construída em 1891, e termina na Estação de Luis Carlos, inaugurada em 1914.


Também em São Paulo, o Trem Caipira inicia suas atividades no segundo semestre. Operado por um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), o trajeto percorrerá um área de dez quilômetros, saindo do centro de São José do Rio Preto e chegando ao distrito de Engenheiro Schmitt, passando por fábricas de doces caseiros.


No Rio Grande do Sul, dois novos trechos começarão a funcionar em 2015. O Trem do Vale do Taquari e o Trem dos Pampas passarão por cidades no interior do estado. No Paraná, a inauguração do trajeto percorrido pelo Trem União da Vitória, que liga a cidade de mesmo nome a Matos Costa, também está marcada para o segundo semestre.


A procura pelo turismo ferroviário tem crescido, segundo a Associação Brasileira de Operadoras de Trens Turísticos (ABOTTC). Os últimos dados disponíveis apontam que, em 2010, cerca de 2 milhões de pessoas viajaram sobre os trilhos pelo país. Para 2015, a estimativa é de que o número de turistas chegue a três milhões.

A associação, em parceria com o Sebrae, lançou o projeto “Trem é Turismo”, com o objetivo de aprimorar a linha ferroviária, que, em outros tempos, já foi o principal meio de transporte do Brasil.

— Esperamos crescimento para dez milhões de turistas por ano e um aumento para 60 trens em dez anos — diz Luiz Carlos Barboza, coordenador do projeto.


SERVIÇO



Trem da Mantiqueira em Passa Quatro, MG. O percurso é de 1h15m e o passeio custa R$ 45. Saídas aos sábados e domingos, às 11h e às 14h30m. abpfsuldeminas.com/trem-da-serra-da-mantqueira

Trem turístico, 18 anos

Panorama do Turismo - Curitiba/PR - ACONTECE - 27/05/2015 - 15:41:05
 
Esse mês de maio assinala o 18º aniversário de operação, através da concessionária Serra Verde Express, do trem turístico pela centenária ferrovia Curitiba-Paranaguá, no Paraná.

Nesse período, a Serra Verde Express incrementou o turismo ferroviário no estado e se tornou a maior operadora de trens turísticos do Brasil. A propósito, a empresa paranaense é considerada, hoje, referência no setor em todo mundo, administrando o único trem de luxo nacional.

Anualmente, cerca de 200.000 pessoas passeiam nos trens que desvendam as belezas do trecho da Serra do Mar no Paraná, movimentando o turismo local. Com capacidade de transportar mais de 1.100 passageiros por viagem, os trens da Serra Verde Express são responsáveis por mais de 120 empregos diretos em Curitiba e na cidade litorânea de Morretes, onde, estima-se, o fluxo de viajantes gera renda de mais de R$ 27 milhões ao ano nos restaurantes e comércio local.     O sucesso do trem do Paraná ganhou o mundo e chamou a atenção da imprensa internacional. Publicações do porte do The Wall Street Journal, dos Estados Unidos, e The Guardian, da Inglaterra, elegeram o passeio como um dos mais bonitos do planeta. O reconhecimento veio, também, da revista europeia Objectif Rail.

No meio acadêmico, deu-se a comprovação da importância do trabalho desenvolvido pela Serra Verde Express. Em 2014, pesquisa realizada na Universidade Federal do Paraná (UFPR) qualificou o trem da Serra do Mar Paranaense como o mais representativo produto turístico regional do Estado.