sexta-feira, 26 de agosto de 2016

BRTs olímpicos começam a transportar o grande público

24/08/2016 07:50 - O Globo
RIO - Os BRTs Transolímpico e Transoeste Lote Zero começaram a transportar o grande público nesta terça-feira e, entre os passageiros, havia grande curiosidade e empolgação diante da possibilidade de redução no tempo de viagem. Teve gente que levou cronômetro para verificar se o trajeto seria mais rápido, conforme prometido. Os dois corredores são considerados parte do legado dos Jogos Olímpicos para a cidade e devem beneficiar cerca de 640 mil pessoas por dia.
Morador do Recreio, o servidor público Fabrízio Quiroga queria saber exatamente quanto tempo gastará até o Centro do Rio, onde trabalha. Por isso, levou um cronômetro para a viagem. Ele conta que costumava pegar o BRT até a estação Alvorada, depois um ônibus até o Shopping Nova América e, por fim, o metrô até a Central do Brasil.
— Espero ganhar 40 minutos, pelo menos. Com a nova linha, eu desço na Vila Militar e pego o trem até a Central — explica Quiroga.
MAIS TEMPO LIVRE NO DIA A DIA
O BRT Transolímpico liga o Recreio a Deodoro. O BRT Transoeste Lote Zero faz o trajeto do Terminal Alvorada ao Jardim Oceânico, possibilitando a integração com a Linha 4 do metrô. Uma equipe do GLOBO fez o trajeto de cerca de 40 minutos do Transolímpico. No mesmo ônibus havia passageiros como a segurança Daylane Rodrigues, que também espera ganhar tempo no dia a dia. Ela já usava o transporte desde o dia 4, pois trabalhou no Parque Olímpico. Agora, para ir de Padre Miguel até a região, diz que vai economizar quase uma hora:
— Antes, eu levava mais de uma hora para chegar ao meu destino. Agora são 25 minutos.
O representante comercial Maurício Veloso embarcou para conhecer o percurso:
— Por causa do meu trabalho, a cada dia vou a um lugar diferente. Agora posso pegar só uma condução e deixar o carro em casa.
Para a dona de casa Vilma Rodrigues, moradora da Taquara, a viagem foi um passeio:
— Vou até Deodoro e depois volto para casa. Já fiz até amizades aqui.
Aposentado, Amaro José de Santana, fazia questão de anotar o nome de cada uma das 18 estações em uma folha de papel, para guardar de recordação.
— Os primeiros dias são para os usuários testarem os serviços. Os corredores aumentam a possibilidade de deslocamento, e a baldeação pode ser uma opção a mais. O passageiro pode escolher se quer fazer uma parte em BRT, trem ou metrô — diz Suzy Balloussier, diretora de relações institucionais do BRT Rio.

A tarifa cobrada pelo BRT Rio é a estabelecida pela prefeitura para o Bilhete Único Carioca, R$ 3,80. Para integração com os trens da Supervia, o blihete custa R$ 6,60. O Bilhete Único Metropolitano, de R$ 6,50, vale para a integração da Supervia com ônibus intermunicipais.

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