segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Sistema de carros compartilhados começa a funcionar em Fortaleza

23/09/2016 09:00 - O Povo - CE
No Dia Mundial Sem Carro, oito veículos elétricos compartilhados foram liberados para uso dos fortalezenses. O sistema entrou em período de operação assistida, no qual usuários fazem cadastros e técnicos monitoram o projeto em atividade. A previsão é de que todo o sistema esteja em pleno funcionamento até novembro, quando a Prefeitura deve disponibilizar 20 carros, em 12 estações. As viagens são tarifadas de acordo com o tempo utilizado. O valor mínimo é R$ 20 para 30 minutos. 
Fortaleza é a primeira cidade brasileira a adotar o sistema. Inicialmente, os Veículos Alternativos para Mobilidade (Vamo) estão distribuídos em quatro estações, nos bairros Montese, São Gerardo, Edson Queiroz e Aldeota. Mais um ponto será instalado na Aldeota na próxima semana. “Optamos por começar com menos estações para dar assistência aos usuários e, se for necessário, fazer ajustes”, explicou o secretário da Conservação e dos Serviços Públicos, Luiz Alberto Sabóia. 
Os motoristas poderão escolher entre dois modelos de veículos: o SUV (Zhidou EEC L7) ou o compacto (BYD e6). Conforme Nilo Rodrigues, engenheiro de Inovação da Coelce, o automóvel maior tem autonomia de 300 quilômetros com carga total, o menor viaja 120 quilômetros. Cada carga do SUV custa R$ 45 à operadora, enquanto o compacto é recarregado com o custo de R$ 8. De acordo com Rodrigues, os valores de reabastecimento representam entre 5% e 7% do montante arrecadado pelo sistema. A maior parte do valor é para cobrir a manutenção dos veículos.
O sistema será operado pela Serttel, mesma empresa responsável pelo Bicicletar, programa de compartilhamento de bicicletas. O Hapvida é o patrocinador do sistema motorizado. A SCSP é o órgão público responsável por coordenar as ações.
Cadastro e valores
Para utilizar algum dos automóveis elétricos, o usuário precisa fazer cadastro no site, incluindo a habilitação para dirigir e o comprovante de residência. Com os dados aprovados pela operadora, o motorista agenda hora e local para receber orientações sobre os veículos e assinar termo de responsabilidade. Após o cadastro, o usuário pode reservar qualquer carro, tendo 15 minutos para ir até a estação retirá-lo. 
Viagens abaixo de 30 minutos custam R$ 20. Acima desse tempo, valor adicional é aplicado a cada minuto. A taxa é menor quanto mais tempo o usuário ficar com o carro, variando entre R$ 0,40 e R$ 0,80 por minuto. Usuários poderão fazer cadastro para pagamento mensal de taxa de R$ 40. Caso possua o Bilhete Único, será dado um desconto de 25% nesse valor. Nesse caso, o motorista só paga nos meses em que usar ao menos uma vez o sistema.


A mobilidade urbana com cidades mais habitáveis!
Coluna #Trânsito e Vidas por Mario Divo
setembro 28, 2016 CarrosDestaquesNotícias - Tagged: Coluna #Trânsito e VidasMario Divo no comments



A mobilidade urbana com cidades mais habitáveis!
Exatamente nesta 4ª feira, dia 28/9, o Secretário-Geral do Fórum Internacional dos Transportes (ITF), Sr. José Viegas, tem programada a apresentação internacional dos resultados de um estudo patrocinado pela OCDE – Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico sobre como métodos inteligentes em compartilhamento de veículos são a chave para resolver os problemas de mobilidade, de congestionamento e da qualidade do ar, gerando melhor acesso a empregos e educação, em grandes cidades.
A maior parte dos atuais impactos negativos em mobilidade urbana decorre da utilização ineficiente do carro particular. Um veículo é um dos investimentos familiares mais intensivos em capital e, em média, é utilizado menos de uma hora por dia para transportar menos de dois passageiros (média está abaixo de 1,6 por veículo). Enquanto isso, o meio de transporte público tradicional não está atraindo passageiros suficientes para conter o crescimento do tráfego de automóvel nas cidades, principalmente por excesso de lotação.
Com base em dados reais de mobilidade em Lisboa (Portugal), pesquisadores do ITF  promoveram experiências substituindo os ônibus regulares e carros particulares por táxis compartilhados e micro-ônibus sob demanda (com 8 e 16 lugares), complementando com a já existente rede de metrô. Os resultados foram surpreendentes, motivando que mais cinco cidades sejam base de novos testes: Auckland (Nova Zelândia), Dublin (Irlanda), Helsinque (Finlândia) e outras duas a serem escolhidas proximamente.
Objetivamente, fica evidente a maior habitabilidade na cidade, com os seguintes ganhos a partir do projeto-piloto em Lisboa: (a) 3% dos veículos que hoje circulam conseguem atender a demanda existente para as mesmas viagens; (b) 95% dos estacionamentos (garagens) não são mais necessários e podem ter outros usos; (c) O congestionamento desaparece, com 23% a 37% de menor distância total percorrida pelos veículos, e; (d) As emissões de CO2 causadas pelo tráfego caíram em 34%, sem qualquer nova tecnologia.

Concluindo, conforme crescer o hábito de se andar de bicicleta nas cidades, os resultados serão ainda mais impactantes… Como diz José Viegas, “complexo será gerir a transição”.

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